O secretário de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, divulgou, nesta quarta-feira, 26, o resultado do primeiro pesquisa Inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizado no Estado.
Realizada com mais de 5 mil adultos, entre janeiro e abril de 2022, o levantamento mostra que a estimativa de hipertensos na população adulta em Goiás, em 2022, foi de 1.135.505 pessoas – 22,6% da população. Já o porcentual de fumantes, de 13,1%, ficou acima da média nacional, de 9,1%. A população que se declarou acima do peso no Estado foi de 57,3%.
Segundo o secretário, todas essas doenças são evitáveis e a maneira mais eficaz de combate é a boa alimentação, aliada a pratica de exercícios físicos regulares e hábitos de vida saudáveis. Para ele, a mudança de mentalidade é fundamental.
“Nós precisamos mudar a mentalidade, a cultura, a forma como a população preserva sua saúde. Estamos falando aqui de doenças não transmissíveis, crônicas, que existe prevenção para cada uma delas. Então, por exemplo, quando eu falo de diabetes e de obesidade, ou diminuição de 500 calorias por dia, com exercício físico três vezes por semana, já previne 60% destes casos”, afirmou o secretário.
Tabagismo
O secretario comentou ainda acerca do aumento do tabagismo na população goiana. Segundo ele, o crescimento se seu sobretudo pelo uso de cigarros eletrônicos
“Estamos falando de algo em torno de 15% da população e o cigarro eletrônico tem aumentando muito essa incidência. Isso é muito preocupante, porque os estudos mostram os mesmos efeitos colaterais e risco do cigarro normal. A população mais jovem encara isso como uma diversão. Então você vai juntando esses fatores e a gente está caminhando para uma situação onde nós vamos explodir de doença cardiovascular no futuro”, alertou Vencio.
Pesquisa
O Inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico (Vigitel) é realizado desde 2006 pelo Ministério da Saúde nas capitais brasileiras, mas esta edição abrange todo o Estado e as cinco macrorregiões do Estado. Para o secretário, a pandemia da CObid-19 agravou a situação.
“Estamos falando de quase um em cada quatro goianos apresentaram hipertensão arterial. Depois da pandemia, houve um aumento do sedentarismo e um aumento do consumo de bebida alcoólica. Isso então impacta no ganho de peso e o ganho de peso está na base de toda a inflamação que gera diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e mortalidade”, disse o titular da Saúde.
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