1. MENU
  2. CONTEUDO
  3. RODAPE

Temer participa de esquema de propina no Porto de Santos desde a década de 90, indica PF

Por Marcelo Justo 17 Outubro 2018 Publicado em Política
Votao
(0 votos)
Michel Temer (MDB) Michel Temer (MDB) Reprodução

Segundo a Polícia Federal (PF), o presidente Michel Temer (MDB) lidera um esquema de corrupção há mais de 20 anos, desde a época em que era deputado federal por São Paulo.


Os indícios constam na conclusão do Inquérito dos Portos, entregue nesta terça-feira (16/10) ao Supremo Tribunal Federal (STF).


As investigações apontam que Michel Temer recebeu diretamente cinco milhões e novecentos mil reais em propina do setor portuário, em pagamentos que teriam sido feitos entre 2000 e 2014.


O inquérito entregue pela PF denuncia Temer e outras 10 pessoas, entre as quais a filha dele, Maristela Temer, e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo do presidente.


No processo sobre o Decreto dos Portos, é apurado o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A na edição do documento, assinado em maio de 2017 pelo chefe do Executivo.


O delegado Cleyber Matal afirma no relatório final que "é possível concluir que há elementos concretos e relevantes no sentido que a edição do decreto buscou atender interesses de empresas portuárias ligadas aos agentes políticos Michel Temer e Rodrigo Rocha Loures".


E ainda que "o Decreto questionado poderia permitir um novo período de influência no setor portuário pelo investigado Michel Temer e seus aliados políticos".


No mesmo documento, a PF também pediu a prisão do coronel Lima e de mais três pessoas: Carlos Alberto Costa, Maria Rita Fratezi e Almir Martins Ferreira, além do bloqueio de bens de todos os indiciados.


A Procuradoria Geral da República (PGR) recebeu o caso pelo ministro do Supremo Luís Roberto Barroso e agora tem até 15 dias para se pronunciar por meio de parecer e decidir se apresenta ou não denúncia à Justiça.


Se a PGR denunciar Temer ao STF, a Câmara dos Deputados terá de autorizar o prosseguimento do processo. Ouça áudio abaixo.


Veja o que disseram os indiciados:


- A defesa do presidente Michel Temer informou que não teve acesso ao relatório da Polícia Federal.


- Por meio de nota, o Grupo Libra informou que "não teve acesso ao conteúdo do relatório da Polícia Federal e, portanto, não vai se manifestar."


- A defesa do Coronel Lima informou que "recebeu com perplexidade a notícia do pedido de prisão formulado em seu desfavor". "O Sr. Lima há um ano e meio encontra-se permanentemente em sua residência, afastado de suas atividades profissionais, dedicando-se exclusivamente aos cuidados de sua saúde. Seus advogados vêm mantendo contato frequente com as autoridades policiais e judiciárias envolvidas, prestando todas as informações que lhes foram solicitadas.[...] Não se verifica, portanto, qualquer razão a justificar o pedido de prisão preventiva apresentado nesta data pela Polícia Federal." Os advogados disseram ainda que o pedido de prisão é "desnecessário e desprovido de fundamento legal".


- O advogado de Rocha Loures, Cezar Bittencourt, informou que ainda não teve acesso ao relatório policial e, portanto, "não há como se manifestar globalmente". "Nesse inquérito, Rocha Loures não estava sendo investigado pelos crimes organizado e lavagem de dinheiro! Mas, certamente, não há elementos para a PGR oferecer denúncia contra Rocha Loures!"


- A defesa de Carlos Alberto Costa e Maria Rita Fratezi afirmaram que "seus clientes nunca deram causa a qualquer pedido de prisão, sempre se colocando à disposição das autoridades". "Esperam serenidade tanto da PGR quanto do STF na apreciação de medida tão grave e desproporcional, aguardando que eventual exercício de suas garantias fundamentais não sejam considerados em seu desfavor."


- Rodrimar afirmou que não foi indiciada e nem citada, e por isso não vai se manifestar, mas declarou que os dois ex-executivos citados deixaram a empresa no início do ano.


- A defesa de Carlos Alberto Costa e de Maria Rita Fratezi afirmou que os clientes nunca deram causa a qualquer pedido de prisão, estando sempre à disposição das autoridades. A defesa disse, ainda, que espera serenidade da PGR e do STF na apreciação de medida, que considera grave e desproporcional.


- A defesa de Maristela Temer não respondeu ao contato da reportagem.


Até a última atualização, a reportagem não havia conseguido contato com as defesas de Almir Martins Ferreira, Antonio Celso Grecco, Gonçalo Torrealba e Ricardo Mesquita.


Rádio Eldorado, com informações da Agência do Rádio

00 A Banner WhatsAppecontatos RadioEldorado1

Instagram Radio EldoradoTwitter Radio Eldorado

 

Enquete Eldorado

Você já baixou o aplicativo da Rádio Eldorado?

Já baixei - 75%
Não sabia - 0%
Vou baixar - 25%
Ainda não - 0%

Total de votos: 4
A votação para esta enqueta já encerrou
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro
Parceiro