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População reclama de prejuízos com quedas de energia

Por Eduardo Candido 18 Outubro 2014 Publicado em Estado
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Imagem ilustrativa Imagem ilustrativa Eduardo Candido/R. Eldorado

Além de enfrentar o calorão dos últimos dias, muitos goianos também estão sofrendo com o desconforto e os prejuízos causados pelas frequentes quedas de energia elétrica em residências e empresas.


As reclamações sobre horas sem energia se multiplicam e, segundo a Celg, entre os culpados pelo problema estão justamente a alta temperatura e o consumo acima da média nos últimos dias.


Na última quinta-feira, a casa de pães Dona Padeira chegou a perder boa parte da produção do dia por causa da falta de energia. O proprietário Leandro Rezende Pacheco conta que os produtos que estavam na câmara de crescimento acabaram se estragando porque o estabelecimento ficou sem energia entre das 11 horas a 18h40. O resultado foi a perda da produção e de vendas.


Enio Medeiros da Silva Cardoso, assistente técnico da provedora de internet Pronet Fibra, no Jardim Luz, conta que a empresa também tem acumulado prejuízos por causa da constante queima de equipamentos instalados na casa de clientes em várias regiões.


Segundo ele, muitos equipamentos que são instalados num dia acabam queimando no outro. Os clientes não querem nem saber: exigem a troca. “Só aqui na empresa, a energia cai até quatro vezes por dia e estamos sem água. Condomínios inteiros ficam sem luz”.


Residências
Nas residências, não é diferente. A ortoptista Eloise Paranhos, moradora do condomínio Jardins Paris, conta que já teve computador e estabilizador queimados por causa das quedas de energia. Ela informa que o condomínio chegou a enviar um ofício à Celg cobrando esclarecimentos sobre o problema, mas não teve resposta. “Num único dia, a energia chegou a cair oito vezes”, destaca.


Eloise acredita que o problema é generalizado na cidade, pois sua filha, que mora na região do Parque Vaca Brava, também sempre reclama das quedas constantes. “E ainda nem está chovendo. Imagine como vai ser quando as chuvas começarem”, prevê a ortoptista. Para ela, a Celg precisa dar uma posição para a sociedade sobre o problema.


Além da frequente falta de energia, a telefonista Wilma de Freitas conta que também sofre com a constante falta de água. Muitas vezes, o fornecimento é interrompido às 14 horas e só volta de madrugada. “Tive de levantar de madrugada para lavar a louça acumulada”, destaca. Ela lembra que sua nora é proprietária de um salão de beleza que está fechado por falta de água e energia. “Comprei uma caixa de 500 litros para armazenar água. Não temos mais como viver desse jeito”.


Em nota, a Saneago informou que a falta de água no Jardim Luz foi em consequência de quedas de energia na Elevatória Cascalho, que bombeia a água para o Reservatório Serrinha, que, por sua vez, encaminha a água para o Reservatório Cruzeiro. A empresa também alega que as paralisações têm sido pontuais e são resultados do forte calor e baixa umidade do ar, que geraram um aumento de 30% no consumo durante a estiagem em relação a outros períodos.


Segundo a Saneago, algumas regiões, como o Jardim Guanabara, que é abastecido pelo Reservatório Cristina, têm sofrido mais com o desabastecimento, por estarem na ponta de rede. Por isso, o alto consumo nas demais regiões acaba por prejudicar o abastecimento nas partes mais altas e distantes do centro. A empresa informa que imóveis com caixa d’água de tamanho ideal para atender a família sofrem menos com interrupções no abastecimento.


Perdas
Para o presidente da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio-GO), José Evaristo dos Santos, os estabelecimento comerciais estão acumulando prejuízos, com a perda de produção e queima de máquinas e equipamentos.


São panificadoras e restaurantes sem poder produzir e atender clientes, além de muitos produtos perecíveis perdidos, como sorvetes e carnes. Nos supermercados, leitores de código de barras não funcionam. “Empresas ficam horas sem energia, mesmo antes das chuvas. A Celg deve explicações à população.”


Mais calor e consumo e falta de investimentos
O diretor de Regulação da Celg, Elie Chidiac, explica que a temperatura dentro dos transformadores chega aos 136 graus, o que acaba provoca a queima de fusíveis e disjuntores, fazendo com que o transformador seja desligado automaticamente. “Isso até garante a segurança do sistema, já que o estouro de um transformador causa um dano muito maior e mais tempo para reposição.” Outro problema é a dilatação dos fios, que gera curto circuitos.


Além do calor, o problema também está na sobrecarga nos transformadores e subestações, por causa do maior consumo, com o uso indiscriminado de aparelhos como ar-condicionado e refrigeradores. “O aumento da renda e a mudança de hábitos da população ampliaram o uso de equipamentos elétricos”, diz Elie. No ano passado, o pico do consumo nesta época foi de 799 megawatts/hora. Este ano, já chegou a 945 megawatts.


Ele garante que as equipes técnicas da Celg estão trabalhando a todo vapor para reparar os danos rapidamente e reconhece que os problemas também são reflexo da falta de investimentos entre 2007 e 2011, enquanto a população e a renda cresceram. Só para este ano, estão previstos R$ 300 milhões em investimentos. “Seriam R$ 450 milhões se não fossem os problemas da falta de mão de obra”.


Expectativa é que chegada das chuvas, queda da temperatura e horário de verão melhorem a situação.


ONS prevê menos chuvas para encher reservatórios
O Operador Nacional do Sistema (ONS) revisou negativamente sua expectativa de chuvas para o mês de outubro, quando o setor elétrico esperava que um volume maior de águas fosse dar fôlego aos reservatórios.


Segundo documento publicado ontem, a quantidade de chuvas esperada para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, em relação à média histórica, passou de 89%, previsto no início do mês, para 67%. No Nordeste, região mais crítica, a expectativa de chuvas passou de 47% para 38% da média histórica. No Sudeste e Centro-Oeste, os reservatórios estão em 22,1% de sua capacidade máxima. Já no Nordeste, estão em 18,4%.

Fonte: O Popular

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