As Afipes fundadas pelo padre Robson de Oliveira em nome do Divino Pai Eterno desembolsaram R$ 456 milhões em pagamentos para emissoras de rádio e televisão.
Apenas para a TV Independente de São José foram transferidos R$ 198 milhões, divididos em 127 pagamentos.
Entre as dezenas de operações para empresas de comunicação levantadas durante a investigação pelo Ministério Público de Goiás, constam transferências de R$ 96 milhões para uma rádio e R$ 14,4 milhões para outra rádio.
Robson sempre negou irregularidades na condução das Afipes.
Algumas operações foram descritas como compra e venda de direitos de cessão, como informaram os próprios investigados.
A Sul Brasil Rádio e Televisão é uma as empresas que também está na lista por receber R$ 92 milhões da Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro.
A empresa disse que foi vendida para a associação do padre, o que justifica os pagamentos.
São três associações sob investigação, todas fundadas pelo padre Robson de Oliveira: Associação Filhos do Pai Eterno, Associação Filhos do Pai Eterno e Perpétuo Socorro e Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro, chamadas de Afipes.
A investigação do Ministério Público aponta que as Afipes recebem e gerencia cerca de R$ 20 milhões mensais.
Ao longo de 10 anos foram arrecadados R$ 2 bilhões.
A biografia da entidade relata que as doações recebidas são voltadas para a evangelização por meio da TV e para obras sociais.
Um dos promotores que está no grupo da investigação, Paulo Penna Prado diz que “as rádios não tem nada a haver com a regulação de programação religiosa" e que "está bem distante da finalidade”.
Para ele, o principal objeto da investigação é a falta de transparência nos valores e das operações.
Fonte:G1 (com adaptações)