A Justiça negou nesta terça-feira (18/12) o habeas corpus para o médium João de Deus, suspeito de abusos sexuais contra mulheres durante atendimentos espirituais em Abadiânia (GO).
Ele está preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia após se entregar à Polícia Civil (clique aqui e relembre o caso).
O desembargador Jairo Ferreira Júnior foi o responsável por analisar o pedido em caráter liminar, feito pelo advogado Alberto Toron.
Em nota, ele disse que pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
"Apenas a liminar foi apreciada e negada. O julgamento final do habeas deverá se dar após o recesso. Discordamos da decisão e vamos recorrer ao STJ", declarou.
Na decisão, o desembargador analisou que o assunto deveria ser analisado pelo órgão colegiado, e não apenas por ele.
"Ante a gravidade abstrata do delito e a necessidade de proteção às vítimas, em detrimento dos bons predicados pessoais, a presunção de inocência, da possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão e da ausência de elementos concretos que justifiquem o encarceramento provisório [...], consistem, genuinamento, no próprio mérito da impetração, motivo pelo qual sua análise compete ao Órgão colegiado", escreveu.
Mais cedo, a Polícia Civil fez buscas em endereços ligados ao médium - incluindo a Casa Dom Inácio de Loyola, onde ele atendia - para tentar colher novas provas para as investigações.
Entre os objetivos da corporação estava verificar a sala onde supostamente ocorreram os abusos (clique aqui e relembre o caso).
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Fonte: G1 Goiás (com adaptações)