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Entidades e órgãos federais criticam aprovação da Lei dos Agrotóxicos em comissão na Câmara

Por Marcelo Justo 27 Junho 2018 Publicado em Política
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Imagem ilustrativa Imagem ilustrativa Reprodução/Agência do Rádio

A comissão especial que analisa o projeto de lei que muda a legislação sobre o uso de agrotóxicos no país aprovou o parecer do relator, deputado Luiz Nishimori (PR-PR).


A proposta revoga a lei de 1989 e altera as regras de produção, comercialização e distribuição dos chamados defensivos agrícolas. Para entrar em vigor, a proposta ainda tem que ser aprovada pelo Plenário da Câmara.


Chamado por deputados da oposição e ativistas de “PL do veneno”, o texto prevê, por exemplo, a alteração do nome de “agrotóxicos” para “pesticidas”, o que deve facilitar o registro de produtos cuja fórmula, em alguns casos, utiliza substâncias consideradas cancerígenas por órgãos reguladores. Antes, a proposta era alterar a nomenclatura para “produto fitossanitário”.


De acordo com o especialista em políticas públicas do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Renato Barreto, a votação foi feita a portas fechadas, sem permissão de entrada da sociedade civil.


Segundo ele, facilitar e não dificultar o uso de agrotóxicos põe em risco a saúde da população.


“No final, os ruralistas conseguiram aprovar o pacote do veneno, que na verdade facilita e muito a adoção de agrotóxicos e o uso cada vez mais indiscriminado no Brasil, que é hoje o país que mais consome agrotóxico no mundo, sem nenhum tipo de preocupação com a saúde da população. Então, eu acho que o Brasil, de fato, dá um sinal muito ruim. A ONU mesmo alertou nesse sentido, que mexer na Lei de Agrotóxicos para facilitar o uso e não para dificultar é algo que é muito preocupante e que vai ser ruim para a saúde pública no país”.


Outro ponto polêmico do PL é o que autoriza o registro de novos produtos em menos tempo. Atualmente, a espera pode chegar a oito anos.


Pela proposta, o prazo cairia para dois anos e dependeria apenas da autorização do Ministério da Agricultura, reduzindo a participação do Ministério da Saúde e do Ibama.


Consta ainda no projeto um registro temporário para uso de agrotóxicos, que pode ser liberado em até 30 dias com algumas exigências.


O ponto gera discussão porque o pesticida poderia ser usado antes mesmo da conclusão dos estudos sobre eventuais riscos.


O relator do projeto de lei, deputado Luiz Nishimori, disse que não quer colocar veneno no prato das pessoas e que a proposta prevê a atuação da Anvisa na proibição do registro de produtos que apresentam risco “inaceitável” à saúde e ao meio ambiente.


Por meio de nota, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) defendeu que é contrário a qualquer mudança no Marco Legal dos Agrotóxicos.


A Anvisa também condenou a proposta, por acreditar que o projeto não atende à população, que deveria ser o foco da norma. Ouça áudio abaixo.


Rádio Eldorado, com informações da Agência do Rádio

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