Uma professora da rede pública de Terezópolis de Goiás, a 32 km de Goiânia, criou um projeto para aproveitar lotes baldios da cidade com plantações de feijão de corda.
Mais predominante na região nordeste do país, o alimento se adaptou bem ao solo goiano e até foi incluído no cardápio da merenda escolar do colégio onde a mentora da ideia, Valdete Maria Cruz, trabalha.
O projeto começou neste ano e já foi desenvolvido em cinco lotes vagos do município. Donos de outros dez terrenos manifestaram interesse participar da iniciativa a partir de 2019.
Em troca, como contrapartida, a professora e uma equipe de voluntários tem a tarefa de manter os espaços limpos e bem cuidados.
Valdete conta que sempre teve vontade de incluir o feijão de corda - conhecido em Goiás como feijão catador - na alimentação dos alunos. Como o grão é considerado caro, ela pensou em fazer as plantações.
"Quando apresentei a ideia, eles acharam meio difícil, mas eu disse que não era. Para mim não tem nada difícil", afirma.
Depois de colhido, o feijão é levado para a escola e debulhado por servidores e voluntários.
Na panela, as merendeiras capricham nas combinações e servem o feijão de corda com carne serenada, torresmo e outros tipos de acompanhamento. Os alunos são só elogios aos pratos.
Realizada, Valdete espera que a proposta possa se expandir para outras cidades para alimentar mais crianças, além de diminuir a quantidade de lotes abandonados, que podem oferecer perigos a comunidade.
"Fico muito feliz mesmo. Acho que isso vai pegar para muitas cidades pequenas que tem lotes criando mato, criando mosquito da dengue. Vai ajudar muito", afirma.
Fonte: G1 Goiás (com adaptações)