Em 23 anos, a quantidade de benefícios previdenciários emitidos em Goiás quase dobrou, passando de 6,7%, em 1992, para 11,4%, em 2015.
Só no ano passado, mais de 840 mil aposentadorias ou pensões foram concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no estado.
O aumento dos gastos com Previdência ao longo do tempo também é notado nos outros estados do país.
Para o especialista em finanças, Marcos Melo, se continuar nesse rumo, os gastos no setor podem comprometer o funcionamento do sistema como um todo.
“É muito importante observar a tendência desses números. Ou seja, se continuar como está, de fato, o gasto com Previdência no Brasil deverá absorver uma proporção muito grande dos gastos. Houve um avanço social muito grande no Brasil, nos últimos anos, e por e outro lado, a forma como o sistema da Previdência está montada hoje, de fato, não é sustentável a longo prazo.”
O pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE-FGV), Bruno Ottoni, explica que, o aumento da expectativa de vida também é uma realidade entre os brasileiros.
E esse panorama também é um fator determinante para a necessidade de as regras para aposentadoria serem modificadas.
“À medida que o país for envelhecendo, a tendência é que a situação se torne calamitosa. Realmente, o governo Federal vai ter muita dificuldade de fechar suas contas”.
Por não conseguir votar a reforma da Previdência este ano, o governo Federal já trabalha com a possibilidade de a matéria ser posta em pauta em fevereiro de 2018.
Até lá, a equipe do presidente Michel Temer deve trabalhar para conquistar apoio de partidos e parlamentares indecisos.
Durante o recesso, o governo pretende apresentar uma nova redação da reforma, que altere a última proposta que trata dos regimes de Previdência dos servidores públicos. Ouça áudio abaixo.
Rádio Eldorado, com informações da Agência do Rádio