Na madrugada deste domingo (03/12), um sargento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal foi detido após pegar uma viatura da corporação em Ceilândia e seguir, em alta velocidade, em direção ao Congresso Nacional.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o bombeiro militar recusou várias ordens de parada, informadas pelo rádio do próprio veículo e por carros que acompanharam o trajeto.
Ainda segundo a PM, equipes das duas corporações seguiram a viatura pela via Estrutural para "balizar" o trajeto e evitar acidentes, até que o carro parasse.
Já na Esplanada, tiros foram disparados contra os pneus do veículo, até que ele não conseguisse mais continuar a fuga.
Em seguida a viatura foi interceptada perto da Catedral de Brasília, no início da Esplanada dos Ministérios. Ninguém ficou ferido.
No início da manhã, militares dos Bombeiros e da Polícia Militar informaram que o homem aparentava estar "em surto aparente", e gritava que "não iria parar" no rádio comunicador do carro.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o militar de 44 anos foi preso em flagrante e enquadrado nos crimes de furto qualificado, desobediência, danos ao material da administração militar e tentativa de dano.
Apesar disso, segundo o governo, "não foram encontrados elementos que apontam para a caracterização de atentado terrorista".
O termo chegou a ser usado em comunicações informais da PM, ao longo da madrugada, mas foi descartado pela manhã.
Na mesma nota enviada pela Secretaria de Segurança, o Corpo de Bombeiros diz que as circunstâncias do caso "estão em apuração, sendo acionada também a Diretoria de Saúde e o Centro de Assistência da corporação para acompanhar o caso".
Até as 16h, o sargento do Corpo de Bombeiros seguia detido no Núcleo de Custódia da corporação.
Até a noite de segunda (4), ele deve passar por audiência de custódia na Justiça Militar – onde o juiz terá de decidir pela soltura ou pela prisão preventiva do bombeiro.
Fonte: G1 Brasília (com adaptações)