Internada com suspeita de H1N1, Ericka Franciele Sousa Dias (34), foi flagrada caminhando no Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) Jardim América, em Goiânia.

A paciente, que deveria ficar em isolamento, saiu do quarto em que está e foi até a porta da unidade para reclamar da falta de atendimento adequado, pois acredita que deveria estar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

"Eles vão ver eu lá uma vez no dia. Tocou eu para lá, me deixou isolada e eu fiquei. Só Deus sabe o jeito que eu estou, preciso de socorro, ajuda", disse a paciente.

Marido de Ericka, Tiago Pereira da Silva conta que a mulher procurou o Cais na última sexta-feira (8).

Ela já passou por três exames de sangue, mas ainda não há um diagnóstico. A suspeita de H1N1 surgiu por causa dos sintomas.

"Comecei a sentir muita dor no corpo, dor de cabeça, a sentir náuseas, falta de ar. Me encaminharam dizendo que eu estava com suspeita de H1N1", contou Ericka.

Segundo Tiago, ele foi informado que a mulher precisa passar por exames adequados no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), na capital.

"Eles pegaram ela e colocaram no isolamento [no Cais], mas não é local apropriado para fazer esse isolamento. Eles só falam que estão tentando uma vaga no HDT para fazer o exame e precisa de uma UTI de isolamento para poder confirmar o caso", disse o marido da paciente.

A Secretaria Municipal de Saúde, que é responsável pelo Cais, informou que todos os cuidados necessários foram tomados com a paciente, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde. Exames foram pedidos para que a doença seja confirmada ou descartada.

O último levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que 10 pessoas foram diagnosticados com H1N1 em Goiás, sendo que cinco morreram. As mortes ocorreram em Goiânia, Rio Verde, Caldas Novas, Planaltina de Goiás e Ouvidor.

Fonte: G1 Goiás (com adaptações)