Mato Grosso vendeu apenas 76% do milho 22/23 e somente 13% do 23/24, relata Imea
O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando atualizações sobre a safra de milho. O levantamento destaca que os produtores do Mato Grosso já venderam 76,78% da safra de milho 2022/23.
Este patamar avança 4,93 pontos percentuais em relação ao registrado no mês anterior, mas se posiciona à 14,44 pontos percentuais do índice acompanhado na média dos últimos 5 anos e à 6,80 pontos do registrado na safra passada 2021/22.
“Esse incremento se deve à necessidade dos produtores em liberar espaço nos armazéns, no qual o avanço só não foi maior devido à retração de 2,70% no preço comercializado do grão ante a set/23, que fechou na média de R$ 35,94/sc”, explica o Imea.
Já para a safra 2023/24, as vendas avançaram 3,37 pontos percentuais no último mês e chegaram à 13,90% do total estimado. “. Isso se deu pela melhora nos preços futuros do cereal, que fecharam na média de R$ 36,16/sc, alta de 5,60% ante a set/23”, pontua.
Apesar disso, as negociações do ciclo futuro estão 24,69 p.p. atrasadas em relação à média dos últimos cinco anos e 4,92 p.p. no mesmo período da safra 22/23.
Por:
Guilherme Dorigatti
Muda a prestação de contas de empresas, mas lucro segue não sendo taxado
Uma mudança na forma de prestar contas à Receita Federal — que já começa a valer este mês — torna praticamente online as informações fiscais sobre lucros e dividendos das empresas. É que as prestações de contas de pessoas jurídicas — que costumavam ser anuais — passam a ser mensais, depois de uma exigência da Receita Federal.
Um dos pontos dessa mudança recai na taxação do lucro: afinal, haverá ou não mudança com relação a esse ponto?
A resposta é não. Por enquanto, segundo o professor da FAAP, advogado tributarista e sócio da San Martín e Carvalho Advogados, German San Martín, o intuito dessa mudança ainda não será de taxação.
“É mais uma medida que o governo toma de aprimoramento das chamadas obrigações acessórias, para completar o que a gente chama de ‘Big Brother Tributário’. No sentido de um grande olho que fornece informações praticamente online de tudo aquilo que os contribuintes fazem.”
Medida que, para o tributarista, é muito bem-vinda para as contas públicas, já que “você diminuindo o sonegador, você não precisa aumentar os impostos; você só precisa cobrar os impostos daqueles que já devem.”
Como funciona a taxação do lucro hoje?
Atualmente o lucro dos sócios de uma empresa não é tributado. E a mudança na forma de prestar contas à Receita, com o EFD-Reinf 2023 (Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais), não altera isso.
Segundo a contadora Amanda Morais, sócia da Rhodes Contadores Associados de Brasília, “a empresa deverá informar a distribuição de lucros na EFD-Reinf, mesmo sendo um rendimento isento, tendo em vista o mês em que o pagamento aconteceu.”
A contadora ainda esclarece que “são isentos do IRRF, os lucros ou dividendos pagos ou creditados pelas empresas do lucro real, lucro presumido ou Simples Nacional, desde que calculados conforme a escrituração contábil ou a presunção.”
Governo prepara o terreno para mudanças?
Mas um projeto de lei de autoria do governo federal de 2021, que já passou pela Câmara e espera votação no Senado, pode mudar isso. É o PL 2.337/21, que entre outras alterações, propõe a tributação dos lucros e dividendos distribuídos — que hoje são isentos — a uma incidência de imposto de renda retido na fonte com alíquota de 20%.
O texto aprovado na Câmara baixou essa alíquota para 15% e isentou da tributação, além das empresas enquadradas no Simples Nacional, pessoas jurídicas do Lucro Presumido com faturamento inferior a R$ 4,8 milhões.
Outro indício de que num futuro breve os lucros poderão ser taxados está no texto-base da reforma tributária — que também prevê taxação para as rendas — como alerta a advogada tributarista Lívia Heringer. Para a jurista, “a gente não pode descartar a possibilidade de essa escolha fazer parte de um contexto preparatório para uma tributação.”
Sobre a reforma que em breve voltará a ser votada na Câmara, a advogada esclarece.
“No texto que foi da Câmara para o Senado, ele já falava numa reforma do imposto de renda durante seis meses. Isso estava incluído nas disposições finais e trazia a informação de que em seis meses o legislativo vai ter que aprovar uma reforma do imposto sobre a renda. E quando a gente fala em reforma sobre a renda é pessoa física, jurídica, então pode ser que os lucros e dividendos façam parte desse contexto maior da reforma do imposto sobre a renda.”
Brasil 61
Criança passa mal após comer lagartixa frita oferecida pela madrasta, diz polícia
Uma criança de 11 anos passou mal após comer uma lagartixa frita oferecida pela madrasta e pela mãe dela, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o delegado Paulo Henrique Santos, a mulher e a mãe disseram que consumiam o animal no passado e então decidiram preparar para o menino.
"A atual sogra do pai era uma pessoa muito simples, parece que já passou fome no passado e comentou com a criança que antigamente as pessoas comiam aquilo", explicou o delegado.
Como os nomes não foram divulgados, og1 não localizou a defesa da madrasta e da mãe dela para um posicionamento.
A situação aconteceu no dia 6 de novembro e o caso foi registrado na polícia na última sexta-feira (11). Conforme o delegado, alguns dias após consumir o animal a criança passou mal e foi diagnosticada com uma infecção intestinal.
Conforme a polícia, a criança foi medicada e está se recuperando em casa. A mãe do menino foi ouvida pela polícia e a madrasta deve prestar depoimento nesta semana.
G1 Goiás
Onda de calor deve ter pausa na próxima semana, mas tempo continua quente
Prevista para terminar no fim de semana, a atual onda de calor, oitava deste ano, deve ser seguida por outras nas semanas seguintes. Isso porque o Brasil sofre diferentes efeitos do El Niño e enfrenta um ano com vários extremos de temperatura, com recorde mundial em outubro.
Embora especialistas não prevejam ondas como essa em dezembro, o que vem pela frente é mais calor. Numa escala dos próximos meses, o aumento das temperaturas, em meio ao verão, acontece também em função do El Niño.
O evento, formado pelo aquecimento das águas do Pacífico equatorial, muda a circulação atmosférica e tem agravado seca no Nordeste e ajudado a bloquear a circulação de frentes frias, que estacionam no Sul e aumentam as chuvas na região.
O alerta do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para o calor se mantém até sexta (17). Já segundo a Climatempo, a situação pode durar até o domingo (19) em áreas do Sudeste e do Centro-Oeste do país, quando a onda perde intensidade e uma frente fria se aproxima, causando chuvas e algum alívio do calor.
Vale lembrar que o calor costuma ser mais intenso logo antes da chegada de uma frente fria, por causa da movimentação de ar quente que precede a chegada do sistema.
Já a intensidade do El Niño, que poderia chegar a forte, ou caracterizar um super El Niño, como o de sete anos atrás, tem registrado níveis mais moderados, segundo Micael Cecchini, professor do Instituto de Geofísica, Astronomia e Ciências Atmosféricas da USP. “Falava-se em 1,8°C acima da média, que seria um super, e chegou a 1,5°C, ao menos por enquanto.”
A ressalva está justificada pelo fato de que 2023 tem sido um ano de extremos, como o recorde de temperatura média do planeta registrada pela Organização Meteorológica Mundial.
Ainda, o fenômeno deve durar até o fim do verão, segundo Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo. “Com essa estabilização, devemos ter temperaturas acima da média no verão no Brasil, elas devem se manter elevadas nos próximos meses.”
De acordo com nota técnica do Cemaden publicada na semana passada, o auge do El Niño deve acontecer entre dezembro deste ano e fevereiro de 2024.
Mais Goiás
Pesquisadores acham ave quase em extinção e desaparecida há 40 anos
Mutum-pinima está criticamente ameaçado
Eram 4h da manhã na várzea do rio que banha a Terra Indígena Mãe Maria, no município de Bom Jesus do Tocantins (PA). O canto de pássaro surge de forma surpreendente para dois pesquisadores ornitólogos, no décimo dia da expedição da pesquisa em que buscavam a ave mutum-pinima, criticamente ameaçada de extinção. Eles quase não acreditavam no que ouviam. E depois no que enxergavam. Havia 40 anos que nenhum pesquisador via o bicho de perto. E aconteceu.
“A gente observou e gravou o bicho por mais de dez minutos. Foi aquela felicidade”, diz o ornitólogo Gustavo Gonsioroski que atuou no estudo realizado no mês passado. Foram registrados seis indivíduos, entre eles casais, o que garante a esperança de manutenção da espécie.
Gonsioroski e outros pesquisadores preparam-se para voltar à região no mês que vem, na tentativa de encontrar outras aves mutum-pinima como essa para política de manejo e proteção. Ele participa do Plano de Ação Territorial para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Território Meio Norte (PAT Meio Norte).
O plano é coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão (Sema) ,juntamente com o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do estado do Pará (Ideflor-Bio). A iniciativa faz parte do projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção, iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
“Encontrar seis indivíduos é algo inédito. Foi muita adrenalina e emoção. Um momento bem exclusivo mesmo”, afirmou Gonsioroski. Para encontrar os animais, os pesquisadores contaram com informações de indígenas da região, da etnia Gavião Parkatejê, e da tecnologia com instalação de dez gravadores de áudio e dez câmeras trap, para registro de vídeo.
Ameaças
O biólogo e ornitólogo Leonardo Victor, que também participou da expedição, relata que a identificação ocorreu quando se preparavam para desistir. “Nós tínhamos colocado as câmeras em locais que os indígenas tinham recomendado. Primeiro tomamos um susto. Há 40 anos a espécie não aparecia”.
Os pesquisadores explicam que se trata de ave restrita a uma pequena região da Amazônia, entre o leste do Rio Tocantins e a Amazônia maranhense. “O maior problema da espécie é que está restrita a uma área de mata de várzea devastada da Amazônia, muito impactada pela destruição da floresta”, afirma Gustavo Gonsioroski.
Conscientização
Além da destruição do habitat, ele explica que a caça de aves na região é cultural. Estar presente nessa região, segundo os pesquisadores, indica que a terra indígena é ainda um local mais protegido. Segundo a pesquisadora Laís Morais Rêgo, superintendente de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Sema e coordenadora do plano de ação, a descoberta deve ser acompanhada do fortalecimento da legislação para proteger o animal ameaçado.
“O plano tem como meta proteger 12 espécies ameaçadas e melhorar o estado de conservação delas. Estão criticamente ameaçadas de extinção”, explica. Estar criticamente ameaçada é o estágio anterior da extinção. Outra meta do projeto, ressalta a superintendente, é trabalhar na conscientização das comunidades da região para ajudar na proteção do animal. “Estamos agora nessa fase de construção de material educativo para também conseguir melhorar esse aspecto da divulgação”, afirma Laís.
“Os indígenas ficaram muito comovidos com a situação da ave e se colocaram à total disposição para ajudar a difundir a mensagem de que se evite a caça”, afirma o biólogo Leonardo Victor. De acordo com os pesquisadores, há uma estimativa de que exista no máximo 50 indivíduos vivos na natureza. “Nós encontramos seis bichos lá em dez dias”.
Plantadores de açaí
Salvar uma espécie tem significados imensuráveis para o meio ambiente. Não obstante, os pesquisadores lembram que, para sensibilizar pessoas leigas, é necessário ratificar que uma espécie como o mutum-pinima colabora de forma fundamental para a vida humana. “Tento passar uma mensagem que a ave é um prestador de serviço natural”, diz Leonardo Victor.
“Não adianta só falar que a legislação trata de patrimônio natural. É preciso lembrar que a ave colabora para a plantação do açaí na região. Esse animal ameaçado leva as sementes que plantam floresta de açaí na Amazônia, um bicho que dissemina o sustento de comunidades”, acrescenta Gonsioroski.
A coordenadora da pesquisa ratifica que a importância das aves, próximas aos rios, para a plantação do açaí torna didática essa cadeia natural entre fauna e flora, por exemplo. “É uma engrenagem. Quando uma espécie deixa de existir, outras também vão começar a faltar”.
Em dezembro, os pesquisadores voltam à região para recolher os gravadores e câmeras e continuar buscando a ave em locais em que ainda não passaram. Eles vão procurar novamente o bicho de canto grave, difícil de captar até com um gravador, já que é tímido e arisco, que surge de manhã e “some”. Depois, retorna no crepúsculo. Os pesquisadores querem iluminar essa história, conhecer mais da ave para saber como preservá-la.
Agência Nacional
Mercado reduz previsão da inflação de 4,63% para 4,59% este ano
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,63% para 4,59% neste ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (13), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,92%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.
A estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.
Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda situa-se dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em outubro, o aumento de preços das passagens aéreas pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,24% [https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-11/inflacao-de-outubro-fica-em-024-puxada-pelas-passagens-aereas], segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi abaixo da taxa de setembro, que teve alta de 0,26%.
A inflação acumulada este ano atingiu 3,75%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,82%.
Agência Brasil
Falece em Jataí, radialista e artesão Nico Miranda
Nicodemos Souza de Miranda, (Nico Miranda) Mestre artesão, radialista e jornalista, natural de Serranópolis-GO e radicado em Jataí, há quase quatro décadas, teve o seu talento reconhecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que selecionou, entre as 13 obras de excelência produzidas por artesãos dos países que compõem o Mercosul, a obra agraciada, Santa Inanimada, feita com cabaças, de forma manual e sem qualquer aparelhagem industrial.
O mestre artesão Nico Miranda possui um rol de peças artesanais por ele idealizadas e criadas, utilizando-se da técnica denominada de acoplagem, desenvolvida por ele, que, com muita criatividade vai dando forma a animais do cerrado, como tartarugas, tatus, onça pintada, pássaros, tamanduá, baronesas, escravos, lamparinas, bolsas, abelhas e imagens sacras, como São Francisco de Assis e a própria Santa Inanimada, obra inspirada em Nossa Senhora Aparecida, da qual é devoto.
Trabahou por muitos anos na Rádio Difusora, onde apresentou vários programas.
Infelizmente teve complicações de saúde após uma cirurgia de vesícula. O corpo de Nico será velado na Câmara Municipal de Jataí e o sepultamento acontecerá às 17:00h no Cemitério Bom Pastor.
Fonte: Com modificações Comunicação PMJ / Eldorado FM Mineiros
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