Queimadas são crime e podem gerar multas de até R$ 15 mil; entenda a legislação
Com a diminuição das chuvas, aumentam os focos de incêndio em terrenos baldios e quintais em Jataí. A prática de queimadas, além de prejudicial à saúde pública e ao meio ambiente, é considerada crime e pode acarretar graves consequências legais para os responsáveis.
De acordo com a Lei Municipal 4306/2021, provocar queimadas em áreas urbanas ou rurais pode resultar em multas que variam de R$ 600,00 a R$ 15.000,00, dependendo da gravidade da infração. A legislação proíbe expressamente ações como queimar lixo no quintal de casa, queimar resíduos na rua ou colocar fogo em lotes baldios.
Além do risco de incêndios fora de controle, as queimadas produzem fumaça tóxica, comprometendo a qualidade do ar e agravando problemas respiratórios, especialmente em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Em entrevista à nossa redação, o Secretário de Meio Ambiente de Jataí, Carlos Alberto Biella, ressaltou a importância de combater a prática: “Estamos organizando uma ação visando diminuir os casos de queimada em nosso município”.
Para denunciar queimadas em Jataí, os moradores podem utilizar o WhatsApp da Secretaria de Meio Ambiente pelo número (64) 98438-3280. A colaboração da comunidade é fundamental para evitar tragédias e preservar o meio ambiente.
Portal PN7
A estiagem severa e os incêndios florestais intensos que marcaram boa parte do país a partir de maio deste ano afetaram diversas culturas, especialmente a cana-de-açúcar. Agora, o retorno das chuvas trouxe um novo desafio: avaliar a germinação das soqueiras nos canaviais do início da safra.
Assim, o setor sucroenergético tenta entender como recuperar o solo para que as plantas se desenvolvam e que a colheita seja produtiva.
Para sanar ou, ao menos, entender este desafio, pesquisadores da Massari Fértil, em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), estão estudando as principais causas dos incêndios e as soluções para a perda da eficiência do solo e a necessidade de reposição de nutrientes.
Restauração do solo pós-incêndios
Em nota técnica, os pesquisadores destacam que a restauração do solo se apresenta como um dos maiores desafios para o setor, pois a palha que recobria as plantas virou cinza, eliminando parte dos nutrientes do solo.
Uma das soluções para mitigar os prejuízos é priorizar o plantio de cana sobre cana, utilizando o sistema Meiosi fase 1 (Método Interrotacional Ocorrendo Simultaneamente), com início em novembro de 2024 e projeção até abril de 2025.
No entanto, Monteiro ressalta que o preparo do solo sob chuvas intensas pode causar erosão, exigindo práticas mais sustentáveis, como o preparo reduzido e a aplicação de corretivos micronizados.
“Esses produtos são aplicados diretamente na superfície e utilizam as chuvas para alcançar e corrigir o perfil completo do solo”, destaca o químico.
Aumento nas temperaturas
O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) acompanha desde 1980 as temperaturas diárias e detectou um aumento significativo, de mais de 1ºC, nas temperaturas máximas e mínimas ao longo das últimas décadas.
“Esse cenário é preocupante, pois limita o desenvolvimento das culturas e, consequentemente, a produtividade”, alerta Monteiro.
Diante destas mudanças climáticas, o especialista defende que a análise do solo se torna indispensável e deve ser realizada, pelo menos, uma vez por ano para garantir propriedades físicas e químicas adequadas.
“Precisamos mudar a forma como tratamos a questão da correção e nutrição do solo. O que era feito há cinco anos, com as mudanças no clima, já não oferece o mesmo resultado. É preciso conhecer a fundo o tipo do solo e as suas necessidades para não ter perdas no cultivo e financeiras”, conclui.
Canal Rural
Incêndio na Serra Dourada foi causado por raio, diz Semad
O incêndio que consome uma área vegetação do Parque Estadual da Serra Dourada, cidade de Goiás, foi provocado por um raio. A informação é da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). No momento, equipes do Corpo de Bombeiros (CBMGO) com brigadas voluntárias continua com objetivo de frear o avanço das labaredas.
Segundo a Secretaria, o fogo começou quando um raio atingiu o topo da Serra Dourada. O local é inacessível para pessoas. Até o momento, o fogo já destruí 4 mil hectares de área preservada.
Segundo informações do CBMGO, o fogo que se alastrava no Morro das Lajes, próximo ao centro histórico da cidade de Goiás, já foi controlado. Os trabalhos, porém, seguem em duas frentes diferentes: no Morro da Índia e no Morro das Lajes, fazendo o rescaldo do fogo que foi controlado.
Incêndio na Serra Dourada: combatentes tentam proteger fazendas
Segundo o Tenente-Coronel Warley Martins, do Corpo de Bombeiros de Goiás, em outra região no Parque da Serra Dourada, bombeiros estão trabalhando de forma integrada com brigadas da Semad. “Nessa região, nosso principal objetivo é proteger as fazendas locais, as unidades de conservação da Universidade Federal de Goiás (UFG) e, lógicamente, minimizar os danos causados pelo incêndio na flora e na fauna da região”, afirma o tenente.
Hoje, 41 bombeiros trabalham no combate ao fogo. Na última quinta-feira (3/10), 50 pessoas tentavam apagar o incêndio de grandes proporções. Ainda, segundo o Corpo de Bombeiros, as chamas começaram no último domingo (29/9) e existe grande dificuldade em controlar as chamas, que ocorrem em locais de difícil acesso, com morros, serras, grotas e paredões.
Bombeiros e voluntários combatem o fogo
O combate ao incêndio tem mobilizado vários atores. Equipes compostas por militares dos quartéis da região, força-tarefa da capital e os componentes do Curso de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (CPCIF) atuam no combate. Além de bombeiros, brigadistas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semad), fazendeiros e voluntários também reforçam a iniciativa.
Parque Estadual da Serra Dourada
O Parque Estadual da Serra Dourada (PESD) está localizado nos municípios de Cidade de Goiás, Mossâmedes e Buriti de Goiás. Localizado a 131 km de Goiânia, o parque conta com área aproximada de 30.000 (trinta mil) hectares.
O PESD é uma área de preservação que possui vários atrativos e pontos de beleza cênica como cachoeiras, afloramentos rochosos e diversidade de cobertura vegetal e faunística, constituindo-se como um verdadeiro patrimônio ecológico para o Estado de Goiás.
Mais Goiás
GO: bombeiros resgatam filhote de porco-do-mato em incêndio, mas animal não resiste
O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO), em combate a um incêndio na zona rural de São Miguel do Araguaia, encontrou e resgatou um filhote de porco-do-mato, também conhecido como queixada. A ocorrência é de segunda-feira (30), e, infelizmente, o animal não resistiu e morreu horas depois.
O porco-do-mato estava com as patas queimadas e outros ferimentos causados pelo incêndio, além de muito cansado. “Ele foi levado ao veterinário da região, mas, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e morreu”, informou o CBMGO.
Sobre o incêndio, ele teve início na Fazenda da Luzia, próximo à cidade. Aproximadamente 20 hectares consumidos pelo fogo, em várias propriedades, segundo a corporação. Foram atingidas áreas de pastagem e mata nativa. A fumaça chegou a parte urbana, disseram os bombeiros
Quatro militares foram empenhados. Eles utilizaram três tratores com tanque pipa e 50 mil litros de água. “Foram utilizadas as técnicas de combate direto com abafadores e sopradores, combate indireto com aceiros e linha fria, além do rescaldo com caminhões e tratores”, explicou a corporação.
Mais Goiás
Dados de satélite disponibilizados em tempo real pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que houve 203 focos de queimada e incêndio em Goiás entre a última sexta-feira (23) e este domingo (25). O Inpe também aponta quais são os municípios com mais focos.
Em primeiro lugar (e muito à frente dos outros) está Chapadão do Céu, com 31,5% do total – o que, em números absolutos, dá 64 focos nas últimas 48 horas. Em segundo lugar está Rio Verde, com 11,3%; seguido por Mineiros (6,9%), Morrinhos (6,9%), Itajá (5,9%), Água Fria de Goiás (4,4%), Caiapônia (3,4%), Palmeiras de Goiás (3%), Alto Paraíso de Goiás (2%), Formosa (2%), Itumbiara (2%), Edéia (1,5%), Goianira (1,5%), Goiás (1,5%) Caturaí (1%) e Goiânia (1%).
Entre as unidades de conservação, as que apresentaram registro de queimadas foram o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, na região nordeste de Goiás, com quatro pontos; a Área de Proteção Ambiental Serra da Jiboia, perto da cidade de Goiás (cinco focos), o Parque Estadual da Serra Dourada (três focos), e, com um foco cada, aparecem a APA da Cafuringa, a APA do João Leite, e a APA Pouso Alto.
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