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Dados atualizados da Secretaria de Estado da Segurança Pública revelam que o número de homicídios dolosos despencou em Goiás entre os anos de 2018 e 2023, com queda de 50,8%. No ano passado a tendência de queda se manteve, com redução de 12,1% em relação a 2022. Na contramão da boa notícia, as ocorrências de feminicídio dispararam, registrando aumento de 52,7% desde 2018.

 

Em 2018, foram 2,1 mil homicídios dolosos em Goiás. Em 2019, o número caiu para 1,6 mil. Em 2020, baixou para 1,5 mil. No ano seguinte, para 1,2 mil. Em 2022, foram 1,1 mil registros e, em 2023, 1 mil.

 

De acordo com as estatísticas criminais disponíveis no site da SSP-GO, em 2018 foram registrados 36 casos de feminicídio. No ano seguinte, foram 40. Em 2020, o número subiu para 44 e, em 2021, para 54. Em 2022, segundo os dados apresentados nesta quarta-feira (10), foram 55 registros, valor que se repetiu em 2023.

 

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) também apontou que a redução desse tipo de crime é um desafio e incentivou que as mulheres vítimas de violência doméstica façam denúncias para que as polícias possam agir e garantir a segurança delas.

 

“É uma ação que precisa ter um maior apoio por parte das mulheres. É algo que acontece dentro de quatro paredes. A mulher precisa ser encorajada e saber que o estado vai estar presente para cuidar dela”, afirmou o governador. Caiado disse ainda que, mesmo que as mulheres não tenham condições de se manter sem os maridos, existem programas assistenciais do governo que podem amparar as vítimas.

 

Um dos casos emblemáticos, ocorrido em 2023, foi o da mulher que filmou a própria morte ao levar um tiro disparado pelo namorado. Eles estavam em uma estrada na zona rural de Jataí. Ielly Gabriele Alves tinha 23 anos. O borracheiro Diego Fonseca Borges, de 27 anos, foi indiciado por feminicídio.

 

Apesar da estabilização dos feminicídios entre 2022 e 2023, em relação a violência doméstica contra a mulher, as ameaças subiram de 15,8 mil para 18,1 mil, crescimento de 14,3%. As lesões corporais aumentaram de 11,3 mil para 12,4 mil, acréscimo de 10%. Os crimes contra a honra, que incluem calúnia, injúria e difamação, subiram de 11,4 mil para 13 mil, crescimento de 13,4%. O estupro foi o único crime que apresentou queda. Em 2022, foram 419 e, em 2023, 384.

 

O balanço dos indicadores criminais de 2023 foi apresentado na manhã desta quarta por Caiado. Estiveram presentes os membros da cúpula da Segurança Pública do estado. Os dados são do Observatório de Segurança Pública do Estado de Goiás, que são provenientes do Sistema de Registro de Atendimento Integrado (RAI). 

 

A coordenadora da Ouvidoria da Mulher da Câmara Municipal de Goiânia, Maria Clara Dunck, acredita que o cenário seja um reflexo da ausência de investimentos. Ela lembra que na gestão de Jair Bolsonaro (PL), o dinheiro destinado ao Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos para proteção das mulheres caiu de R$ 100,7 milhões, em 2020, para R$ 30,6 milhões em 2021. “Estamos falando de uma queda de 90%. Afeta muito”, diz.

 

O Popular

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A morte do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, de 38 anos, ocorrida em 2021, é o ponto central da investigação que envolve a prisão de dez policiais militares em operação deflagrada pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) nesta terça-feira (19). A Operação Tesarac investiga homicídios em Anápolis e Terezópolis de Goiás. A suspeita é de que a morte de Fábio tenha acarretado pelo menos mais sete assassinatos.

 

O POPULAR teve acesso à decisão judicial que permitiu que fossem cumpridos dez mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão em Anápolis, Caldas Novas, Nerópolis, Nova Veneza, Goiânia e Brasília. Para cometer os crimes, os policiais teriam supostamente usado de artifícios como tortura e a fabricação de cenas de confrontos policiais. Uma das vítimas tinha apenas 19 anos e estava grávida de sete meses. O caso corre em sigilo de justiça.

 

Fábio foi morto a tiros no Setor Sul Jamil Miguel, em Anápolis, no início da noite do dia 23 de junho de 2021. O caso é investigado até hoje. Porém, a suspeita é de que ele tenha sido vítima de uma emboscada. A motivação do crime ainda não foi esclarecida. Fábio foi atraído até o local onde morreu por uma ligação feita por indivíduos que estariam interessados no processo de venda de uma lavanderia.

 

Quando desceu do carro de viagem por aplicativo em que estava, Fábio foi alvejado por dois homens usando balaclavas. Os autores estavam em um Fiat Uno de cor prata. O motorista não foi atingido e levou Flávio até o Hospital Municipal de Anápolis, onde ele não resistiu aos ferimentos e morreu.

 

Semanas antes da morte de Fábio, em 1ª de junho de 2021, um casal relatou à PC-GO ter sido vítima do roubo de dois celulares. De acordo com as investigações, um desses aparelhos teria sido usado para ligar para Fábio e atraí-lo para o local do crime. Segundo relatos do homem que foi roubado, supostamente um traficante, o casal estava em um motel quando foi abordado e o homem espancado. Foram reconhecidos como autores o policial militar Glauko Olivio de Oliveira e outro colega.

 

Um mês depois da morte de Fábio e quase três meses depois do suposto roubo, Bruna Vitória Rabelo Tavares, de 19 anos, também foi assassinada, no bairro Jundiaí, em Anápolis. Ela, que estava grávida de sete meses, foi a jovem que relatou ter tido os telefones roubados em junho daquele ano. Segundo o companheiro de Bruna, os autores do crime foram dois homens em uma motocicleta, sendo que Glauko foi reconhecido como um dos atiradores.

 

No mesmo dia, horas mais tarde, Glauko e os policiais militares Thiago Marcelino Machado, Adriano Azevedo Souza, Wembleyson de Azevedo Lopes, Jhonatan Ribeiro de Araújo, Rodrigo Moraes Leal e uma outra policial, teriam se envolvido em um suposto confronto com disparos de arma de fogo, o que ocasionou a morte de três amigos do casal: Gabriel Santos Vital, Gustavo Lage Santana e Mikael Garcia de Faria. Segundo relatos do companheiro de Bruna, o intuito era atribuir a morte da jovem aos rapazes.

 

Pela análise de dados da quebra do sigilo de dados telemáticos, constatou-se que o policial militar Marco Aurélio Silva Santos passou orientações, por meio de aplicativo de mensagem, para Thiago e Adriano, sobre a localização das vítimas, refutando as declarações apresentadas pelos policiais junto à Subdelegacia de Terezópolis, de que não sabiam os dados do veículo e que, durante abordagem, as vítimas teriam causado acidentes de trânsito, fugido para uma região de mata e efetuado disparos contra os policiais, que revidaram.

 

Em 19 de janeiro de 2022, situação semelhante teria voltado a ocorrer. Glauko, acompanhado de Thiago, Wembleyson e outros dois policiais, teriam efetuado disparos de arma de fogo em um suposto confronto. Bruno Chendes, Edivaldo Alves da Luz Junior e Daniel Douglas de Oliveira Alves morreram. Eles também eram amigos do companheiro de Bruna. Nas investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), conclui-se que os três foram torturados até a morte (com lesões de defesa), para que fornecessem informações sobre o paradeiro do amigo.

 

Neste segundo confronto, foram apreendidas armas de fogo e bloqueador de sinal de rádio, mas os policiais declararam que não encontraram nenhum celular. Eles também afirmaram que foram efetuados 35 disparos de arma de fogo, mas apenas uma cápsula foi encontrada pela perícia, considerado como um indicativo de adulteração do local do crime.

 

Telefone

 

Em paralelo aos acontecimentos, o texto da decisão judicial relata que no dia seguinte ao roubo dos celulares, no dia 2 de junho de 2021, um colega de Glauko, que também teria participado da ação, realizou uma pesquisa sobre como destravar os aparelhos. Conforme as investigações, no dia 15 do mesmo mês, o policial Marcos Jesus Rodrigues consultou o número de CPF de Fábio no sistema MPortal, da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), sendo que os dados de IP da consulta estavam registrados em nome do policial Almir Tomás de Aquino Moura.

 

No dia 21 de junho de 2021, dois dias antes da morte de Fábio, Glauko realizou a conexão de internet na casa do Policial Militar Erick Pereira da Silva e usou o número de CPF de Fábio para cadastrar um chip relativo a uma linha telefônica. No mesmo dia, essa linha foi usada para se comunicar com a vítima por um dos telefones que pertencia a Bruna. Uma pessoa se apresentou como Fernando e disse ter interesse em uma transação de compra e venda de um imóvel. No dia 22, foi combinado o local do encontro. No dia 23, Fábio apareceu e foi morto.

 

Segundo consta das investigações, nos três dias em que a linha telefônica funcionou, o celular esteve nas imediações do endereço residencial do policial Welton da Silva Veiga. No dia 23 de junho de 2021, o aparelho se deslocou para a antena localizada no Setor Sul Jamil Miguel, dia e horário em que ocorreu o homicídio de Fábio. Com a suspeita da participação de Welton no homicídio de Fábio, a Draco requisitou confronto balístico entre as armas apreendidas na casa do primeiro e os projéteis de arma de fogo encontrados na cena do assassinato do empresário. O laudo microbalístico foi inconclusivo.

 

Em janeiro de 2023, Welton, com 43 anos, reagiu contra policiais durante a execução de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão na casa em que morava por conta da investigação de outro homicídio. Posteriormente, ele cometeu suicídio. Na casa dele foram localizadas três armas de fogo, munições, duas máscaras tipo “balaclava”, uma placa de veículo e roupas sujas de sangue.

 

SSP-GO

 

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) informou que “sobre a prisão de policiais militares na Operação, “o Comando de Correições e Disciplina da PM-GO acompanhou o cumprimento de mandados de prisões temporárias e de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis” e que “os policiais militares foram recolhidos ao presídio militar, onde permanecem à disposição da Justiça”.

 

A pasta comunicou ainda que “a Corregedoria da PM-GO instaurou os procedimentos legais cabíveis” e que “ a SSP-GO, juntamente com todas as Forças de Segurança, reitera que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta.”

 

O Popular 

 

 

K2_PUBLISHED_IN Estado

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO) não registrou nenhum roubo em 97 cidades no primeiro semestre deste e nenhum homicídio em 128. Isso equivale, respectivamente, a 39,4% e a 52% dos 246 municípios goianos. Em Goiás como um todo, os indicadores de roubo e mortes apresentaram queda no total dos seis primeiros meses de 2023 em relação a igual período no ano passado.

 

Os indicadores divulgados têm como fonte o Observatório de Segurança Pública do Estado de Goiás e são provenientes do Sistema RAI (Registro de Atendimento Integrado) utilizado por todas as forças de segurança, de acordo com o andamento das investigações. Foi levado em consideração o Plano Nacional de Segurança Pública, que prioriza a atenção aos Crimes Violentos.

 

O número de homicídios dolosos caiu 12,3% no período analisado, indo de 579 para 508. Considerando que os dados no site da SSP-GO estão disponíveis apenas desde 2018, é o semestre com menor taxa de assassinatos no Estado.

 

Os feminicídios registrados neste período se igualam ao número de 2022. Foram registrados 30 casos em cada. Já o femincídio tentado apresentou queda de 11,1%, indo de 81 para 72. No caso dos latrocínios (roubo seguido de morte), houve uma queda de 80% na taxa, passando de 15 para três.

 

O número de mortes em ações policiais não foi divulgado pela SSP-GO no balanço, que contou com a presença do governador Ronaldo Caiado (União) e do vice, Daniel Vilela (MDB).

 

Em relação ao número de roubos, a SSP-GO informou que a pedestres caiu 29,7%, indo de 6.150 mil para 4.321. Já o de veículos caiu em 34,1%, com apenas 515 sendo levados pelos criminosos nos seis primeiros meses do ano. As ocorrências de roubo em comércio caíram 23,4% e os a residência tiveram redução de 28,3%. Foram menos de dois roubos em residência por dia no Estado em 2023.

 

No evento, a SSP-GO destacou também a queda no número de roubo de carga, com 54 casos registrados neste ano, e que o número de roubo a bancos continua zerado. “Vale ressaltar que, desde 2019, o Estado de Goiás não registra nenhum crime da modalidade conhecida como ‘Velho Cangaço’”, informou a pasta em nota.

 

Segundo levantamento, no primeiro semestre de 2023, foram cumpridos 3.772 mandados de prisão e apreensão.

 

Em ações integradas, ostensivas ou no patrulhamento de rotina, as forças de segurança abordaram 503.984 mil automóveis, recuperaram 2.068 veículos com registro de furto ou roubo e abordaram 676.545 pessoas. As polícias Civil e Militar fizeram 13.572 prisões em flagrante.

 

Violência doméstica

 

Os indicadores envolvendo medidas de combate à violência contra a mulher seguem tendência de alta. As forças de segurança do estado realizaram 139,4% a mais de acompanhamentos de medidas protetivas de urgência via remota/online e 78,1% via presencial. Foram, respectivamente, 13.786 e 14.769. Já o recebimento de medidas protetivas dobrou, de 2.345 para 4.799.

 

“Em 2023, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-GO), lançou o aplicativo Mulher Segura, que é mais uma estratégia para combater violência contra mulheres. Desde que a ferramenta começou a funcionar em maio, foram geradas 241 RAIs”, informou a pasta.

 

O Popular

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