Marcou minha carreira” e “chocante”. Assim definiu o delegado André Fernandes sobre o assassinato da estudante Bianca Mantelli Pazinatto, de 18 anos, em Jataí, no sudoeste goiano. Em 2013, Bianca foi morta a facadas por duas amigas, de 16 e 17, porque a vítima supostamente não queria ter um relacionamento com uma delas.

Dez anos depois do crime, a história voltou a circular e chocou os internautas por conta da brutalidade e frieza no assassinato. Na época, a polícia apreendeu uma carta com todo o planejamento do assassinato e ocultação do corpo. Uma prima da vítima falou com o g1 e lembrou dela com muito carinho.

“A gente tomava muito tereré na porta de casa, ela não era muito de beber [álcool]. Ela era tão estudiosa, tão responsável, adorava receber a família em casa”, contou.

As duas menores foram condenadas e cumpriram uma medida socioeducativa durante 3 anos. Após o período, as menores foram liberadas. Para relembrar o caso, o g1 ouviu uma familiar de Bianca e o delegado, que revelou o detalhe que levantou a principal suspeita sobre a autoria do crime: uma calça molhada.

Em 2013, Bianca estava no terceiro período de biomedicina na Universidade Federal de Goiás (UFG), que na época tinha campus em Jataí (hoje, a universidade se tornou UFJ). Primas e próximas desde a infância, Bianca e uma familiar, que preferiu não se identificar, disse que a jovem era muito apegada à família e caseira.

Em toda a entrevista, a parente descreve Bianca como uma pessoa educada, que tratava todos muito bem.

“Somos uma família católica que acreditamos que a maior justiça não está nessa terra. Está em Deus. Temos fé que a Bibi está em um lugar muito melhor hoje”, finalizou.

Para a prima, a morte foi uma grande surpresa para toda a família. “A gente não sabia muito bem da amizade dela com as autoras, a gente sabia que elas conversavam, mas não era a amizade de uma vida”, completou.

DESAPARECIMENTO

O crime aconteceu em junho de 2013. Na manhã do assassinato, Bianca saiu de casa sem o celular e foi até a residência de uma das menores. A família notou o sumiço, já que Bianca não era de sair sem dar notícias, e logo chamou a polícia, que começou a procurar a jovem pela cidade.

“Um dos policiais falou: ‘Doutor André, eu achei uma situação estranha na visita na casa de uma das autoras, que depois a gente constatou. Ele notou que a barra da calça dela estava molhada. Pensamos na hora que poderia ter sido lavado pra esconder sangue e eu pedi pra retornar na casa”, disse o delegado

Era sangue, segundo a polícia. Após conseguir autorização para entrar na casa, o corpo de Bianca estava escondido debaixo de uma cama, com muito sangue e amarrado. No quarto, o delegado disse que encontrou um caderno com o planejamento do crime.

“O que mais chamou a atenção foi a crueldade que mataram ela. Duas pessoas contra uma jovem. Foi muito angustiante, muito desesperador. Uma coisa de extrema maldade e violência”, disse o delegado, com 20 anos de carreira no cargo.

CRIME PLANEJADO

A investigação mostrou que as menores mataram juntas a estudante. A cena do crime, descrita pelo delegado, era chocante. Na época, o g1 Goiás mostrou que a autora mais velha disse à Justiça que matou a vítima por ela ter se recusado a manter um suposto namoro.

"Ela não ia ficar comigo. Não queria que ficasse com mais ninguém também [...] Durante uma semana planejamos tudo, pesquisamos na internet como matar uma pessoa", declarou uma das menores em uma entrevista na época.

No entanto, segundo o delegado, nos depoimentos, as menores não eram precisas na motivação.

“O que percebi na época refere-se que as autoras tentavam sempre tirar à credibilidade da vítima como forma de buscar justificativa, ou seja, desqualificar quem não podia mais de defender, pois havia sido assassinada”, completou.

No caderno, estavam listados os objetos que deveriam ser utilizados para matar Bianca, entre eles uma faca, luvas, e até uma barra de ferro.

'MALDADE'

Hoje, André avalia que o crime teve sinais de maldade contra a estudante. Tudo isso, por motivos torpes.

“Parece que a Bianca se afastou da amizade das jovens, a gente não entendeu a motivação desse afastamento. Ela mudou as amizades, ocorre com qualquer pessoa, né? As fases da vida da gente vão avançando. As meninas se sentiram desprezadas e acabaram fazendo isso. Uma maldade muito grande

À TV Anhanguera, uma das adolescentes suspeitas de assassinar a facadas a estudante disse até que a jovem tentou lutar antes de morrer. “Ela se debateu e queria gritar. Ficou muito desesperada”, contou a menor que tinha 17 anos.

SUPOSTO RELACIONAMENTO

Durante uma entrevista na época do crime, uma das menores disse que antes da morte, a escreveu uma carta para a universitária declarando sua paixão por ela. Na declaração, a menor escreveu: "Te amo muito, não por escolha, meu coração te escolheu sozinho, não me deu chance de defesa".

A adolescente ainda alertou Bianca para que algo ruim não aconteça: "Perdi tudo para você e isso está partindo meu coração. Lembre-se de tomar cuidado, pois muitas coisas bonitas tornam-se ruins lá fora", disse na carta.

Uma tia de Bianca negou veementemente a versão das menores e disse que Bianca era perseguida por uma delas. Na época, a tia disse que a menor tentou forçar um relacionamento com a vítima.

“Ela [a sobrinha] não queria essa amizade, mas a menina a cercava, não a deixava respirar. A adolescente estava sempre procurando por ela, tocando a campainha da casa. Tanto que, quando Bianca via pelas câmeras que se tratava da suspeita, nem atendia”, explicou a tia, na época.

“A Bianca era uma pessoa que não conseguia dizer não pras outras pessoas. E a menina era realmente uma pessoa que aparecia na casa dela sem perguntar antes”, completou a prima ao g1, em 2023.

Fonte: G1

Uma mulher foi morta a facadas pelo marido e teve o corpo encontrado pela filha, em Posse, no nordeste do estado. O suspeito foi preso em maio deste ano por tentativa de feminicídio e estupro contra a vítima, mas foi solto em junho.

Como não teve o nome divulgado, o g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito.

O caso aconteceu no último sábado (16). Segundo o delegado Humberto Soares, responsável pelo caso, informou que o suspeito já tinha um histórico de violência contra a vítima, por isso, foi preso anteriormente.

"Ele foi preso em maio. Algum tempo depois ele tentou matar a mulher. Eu representei pela prisão preventiva dele, que foi deferida", disse o delegado.

Ainda segundo a Polícia Civil, a filha da vítima morava em uma casa ao lado de onde ocorreu o crime e escutou os gritos da mãe. Ao tentar verificar o que estava acontecendo, se deparou com a mãe morta dentro da casa.

Ao g1, o delegado disse que o homem tentou matar todos que estavam na residência e que tentaram impedi-lo.

"Ele tentou matar todos que estavam na casa e que foram segura-lo após ele ter matado a vítima", disse Humberto.

O homem foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio. Segundo a Polícia Civil, o suspeito teve a prisão convertida em preventiva.

Fonte: G1

Um homem de 37 anos assassinou a irmã, de 31 anos, e a tia dele, de 60 anos, na manhã desta sexta-feira (26), dentro da casa onde morava com as familiares, no Residencial Marília, em Senador Canedo.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem ainda feriu um vizinho enquanto tentava fugir do local. O atingido foi encaminhado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) em situação regular.

Vídeo gravado por popular mostra o momento do ataque ao vizinho. Na gravação, vítima tenta se defender dos golpes de faca com um pedaço de madeira. Outras dois homens presenciam a cena sem esboçarem reação.

Criança é retirada de casa de onde homem matou irmã  e tia

Uma criança foi retirada da casa onde tia e irmã do suspeito forma mortas. O menino estava em um dos quartos, sobre a cama. Policiais Militares não informaram se o garoto foi ferido. Gravação obtida pelo Mais Goiás não mostra indícios de que a criança tenha sido atacada. O vídeo, com cenas fortes, não será divulgado.

Prisão

O suspeito foi detido por uma equipe do 27º BPM, que o abordou com uma faca nas mãos. Ele teria tentado atacar os policiais, mas foi baleado na perna e não corre risco de morte.

Fonte: Mais Goiás