Exportações do agro somam US$ 164,37 bilhões em 2024, 2º maior valor da história
Apesar da retração de 1,3% no valor total, o resultado é o segundo maior da série histórica, segundo o Ministério da Agricultura. A queda foi atribuída à redução de 4,6% nos preços das principais commodities exportadas, parcialmente compensada por um aumento de 3,4% no volume embarcado.
O setor manteve sua relevância no comércio exterior brasileiro, representando 48,8% do total exportado pelo país, consolidando-se como um pilar essencial da economia.
Entre os destaques do desempenho agropecuário em 2024, estão o crescimento das exportações de carnes (+11,4%), produtos florestais (+21,2%), café (+52,6%) e o complexo sucroalcooleiro (+13,3%), que compensaram as quedas no complexo soja e em cereais, impactados por uma safra menor e preços internacionais mais baixos.
Produtos como açúcar, café verde, carne suína in natura, algodão e feijões secos atingiram recordes em volume e valor exportado. O ministério também destacou a performance de itens menos tradicionais, como limões, alimentos para pets e chocolates, que reforçam a diversificação da pauta exportadora brasileira.
Os setores mais representativos em valores foram o complexo soja, que somou US$ 53,9 bilhões, seguido por carnes (US$ 26,2 bilhões), complexo sucroalcooleiro (US$ 19,7 bilhões), produtos florestais (US$ 17,3 bilhões) e café (US$ 12,3 bilhões).
Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais, destacou que o desempenho reflete o esforço conjunto do governo e do setor privado em diversificar produtos e mercados, promovendo uma maior inserção global do agronegócio brasileiro.
Mesmo diante de desafios, o setor reafirmou seu papel estratégico, impulsionando a economia nacional e ampliando a presença no mercado internacional.
Olha Goiás
Marfrig acerta venda de frigorÃficos para Minerva por R$ 7,5 bilhões
A gigante do setor de carne bovina Marfrig informou nesta segunda-feira que fechou acordo de R$ 7,5 bilhões para vender para a Minerva e sua controlada Athn Foods Holdings.
Determinadas unidades de abate de bovinos e ovinos na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai.
O acordo tem potencial de fortalecer a Minerva na América do Sul, onde a empresa já é a maior exportadora de carne bovina, enquanto a Marfrig reduz o número de unidades de abates de bovinos, principalmente no Brasil.
Segundo a Marfrig, foi acertado um sinal de R$ 1,5 bilhão recebidos nesta segunda-feira (28), enquanto o saldo de R$ 6 bilhões será pago no fechamento da transação.
A Minerva, por sua vez, disse em comunicado separado que conta com o compromisso de financiamento firme por parte do banco JP Morgan quanto ao montante relativo às parcelas remanescentes.
A Minerva ressaltou ainda que os preços de compra configuram "investimento relevante" e que operações serão submetidas à ratificação dos seus acionistas em assembleia geral a ser oportunamente convocada.
Conforme fato relevante da Marfrig, os ativos envolvidos na transação são os seguintes no Brasil em abate de bovinos: Alegrete (RS), Bagé (RS), Bataguassu (MS), Chupinguaia (RO), Mineiros (GO), Pontes e Lacerda (MT), São Gabriel (RS), Tangará da Serra (MT) e três unidades inativas.
Além disso, o acordo envolve na Argentina a unidade de abate de bovinos de Villa Mercedes; no Chile, a unidade de abate de ovinos Patagonia; e no Uruguai as unidades de abate de bovinos Colônia, Salto e San José.
A Marfrig, considerada a segunda maior produtora global de carne bovina, ressaltou que continuará presente nos segmentos de bovinos e processados no Brasil, e com a fábrica de industrializados Pampeano, a maior exportadora brasileira de enlatados para Europa.
A empresa acrescentou que seguirá com os complexos industriais de abate e processamento de produtos com marca e valor agregado de Várzea Grande e Promissão, assim como a fábrica de hambúrgueres de Bataguassu.
Ademais, Marfrig disse que seguirá com sua participação de controle na BRF, na National Beef e na Plant Plus, nos Estados Unidos.
Na Argentina, a Marfrig segue com o seu complexo industrial de San Jorge, produtor das marcas Quickfood, Paty e Vienissima!, assim como com a unidade de Campo del Tesoro, fornecedora de cadeias de fast-food globais, além das unidades de Baradero e Arroyo Seco.
No Uruguai, a Marfrig seguirá com o complexo industrial de Tacuarembó, líder na produção de carne orgânica, e a unidade de processados de Fray Bentos. No Chile, a Marfrig manterá seus complexos de armazenagem, distribuição e trading.
As ações de Marfrig e Minerva fecharam entre as maiores altas do Ibovespa nesta segunda, com ganhos de 3,5% e 4,2%, respectivamente.
FONTE: UOL
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