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K2_DISPLAYING_ITEMS_BY_TAG Selic

O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu cortar a taxa básica, a Selic, em 0,5 ponto percentual nesta 4ª feira (20.set.2023). Agora, o juro base cairá de 13,25% para 12,75% ao ano, o menor nível desde junho de 2022, quando estava no mesmo patamar. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 129 kB).

 

A redução da Selic era esperada pelo mercado. Esse foi o 2º corte seguido, também o 2º com a mesma intensidade de 0,5 ponto percentual. O mercado financeiro aposta que a taxa básica termine o ano em 11,75% ao ano, o que significa uma redução de 1 ponto percentual. O colegiado terá mais duas reuniões em 2023.

 

A precificação da taxa básica é uma ferramenta de política monetária utilizada pelo BC (Banco Central) para controlar o poder de compra da população. Responsável por medir a inflação oficial do país, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou para 4,61% no acumulado de 12 meses até agosto.

 

Poder360

Eldorado FM Mineiros

K2_PUBLISHED_IN Brasil

A taxa básica de juros é o principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação, ao influenciar o nível de todas as demais taxas praticadas no mercado.

 

A queda gradativa na taxa de juros sinaliza, para o mercado e para os bancos, que o ambiente de negócios está mais estável, o que possibilita pensar em empréstimos de prazos mais longo a níveis de juros menores.

 

O impacto, de imediato, para a economia é muito pequeno, e uma das explicações é que as taxas de juros praticadas no mercado são compostas por cinco grupos de custos para os Bancos:

  • A Selic, que determina quanto o dinheiro custa para o BANCO;
  • A chamada Cunha FISCAL, que são impostos compulsórios embutidos nas taxas de juros;
  • As Despesas Administrativas, que são os custos dos bancos com processos, agências, funcionários, entre outros;
  • O Risco da Inadimplência, que é a parcela dos empréstimos que o banco espera não receber de volta e,
  • A Margem Líquida do BANCO, que é o lucro da instituição com a operação.

EFEITO DA REDUÇÃO DA SELIC NO CRÉDITO:

       Taxas Anual de Juros de mercado para pessoas físicas, em %

- Linha de crédito – (Segmento)Com Selic 13,75%Com Selic 13,25%
1 – Comércio92,591,5
2 – Cartão de crédito427,3425,1
3 – Cheque especial156,9155,8
4 – CDC Bancos - Veículos29.128,5
5 – Empréstimo Pessoal - Bancos62,561,8
6 – Emprést. Pessoal - Financeira133,2132,1
→Taxa Média 126,2125,2

Fonte: Estimativa da ANEFAC – a partir de dados do Banco Central

 

O simples fato de que o Banco Central do Brasil baixou a Selic não significa, necessariamente, que as taxas de juros vão cair de imediato. O risco de crédito é um dos fatores que deve segurar a queda dos juros de mercado, neste momento, dado ao ajuste que ocorre pelos agentes econômicos do país, tanto do lado das famílias quanto das empresas. O elevado endividamento das famílias, e a consequente inadimplência, traz uma percepção de alto risco para oferta de crédito. Para minimizar os efeitos nefastos da inadimplência das famílias (pessoa física), o governo federal criou o Programa DESENROLA, para facilitar as negociações de dívidas em patamares de juros menores, propiciando assim as condições para as famílias retornarem ao consumo, via crédito. Por outro lado, o crédito corporativo das empresas também passa por um ajuste, com a entrada em recuperação judicial de grandes empresas como: Lojas Americanas, Grupo Petrópolis e Oi (empresas de telecomunicações) e tantas outras, o que impacta no volume de provisões para inadimplência com reflexos nas taxas de juros e na oferta de crédito. Com os ajustes na economia em andamento, os Bancos acabam ficando mais cautelosos na oferta de crédito.

Eco. Nilvan Domingos Barbosa

Consultor Econômico

K2_PUBLISHED_IN Economia
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