Goiás: Colhe safra, planta safrinha
O plantio da safrinha começou nos campos goianos e mesmo com o sol quente dos últimos dias, a terra tem umidade suficiente para receber novas sementes. Os produtores rurais estão otimistas com com a previsão de produtividade do milho, que deve render 11 milhões de toneladas, aumento de 64% em comparação a safra anterior.
A semeadura do grão está sendo mais cedo que nas safras anteriores, o que vai agregar ainda benefícios.
"Nós estamos plantando a segunda safra no período mais cedo da nossa história. Quanto mais cedo eu planto a segunda safra, mais chances de pluviometria eu vou ter. Maior pluviometria, maior produtividade, maior produtividade, mais renda para o campo e controle inflacionário lá na frente. Eu vou ter mais oferta de milho, eu vou ter menor pressão dos preços do milho para a cadeia de proteína animal", diz o consultor de mercado Enio Fernandes."
# Com informações do Globo Rural.
Após 30 dias sem chuvas significativas, produtores goianos já perderam 20% da safrinha de milho
A safra 2020/2021 de soja em Goiás superou as expectativas dos produtores, apresentando elevados índices de produtividade. Mas a safra atual, a plantação de milho tem deixado todos bem apreensivos e desanimados, já que a chuva está sendo escassa na região.
O presidente da Aprosoja Goiás, Adriano Antônio Barzoto, afirmou que o milho plantado na janela certa, teve um bom desenvolvimento, mas agora, na fase de enchimento dos grãos, a seca está predominando no estado o que vai afetar negativamente o potencial produtivo, antes o esperado era render por hectare 120/130 sacas, agora caiu para 100 sacas.
"Cerca de 35% da safrinha foi semeada em março e apresentará mais perda, atingindo em algumas áreas 50% à 100% da produção", ele disse
Lavouras plantadas dentro da janela ideal já apresentam perdas, mas ainda podem se recuperar, áreas semeadas em março já perderam de 50% à 100% do potencial. Volume de vendas antecipadas também preocupa já que produção será menor do que a esperada".
Além da falta de chuva as plantações de milho em Goiás, estão sofrendo ataques de cigarrinhas e lagartas. Sobre a venda das sacas, Barzotto afirmou que os produtores negociaram cerca de 30% da safra antecipadamente, mas ainda vão vender mais e sobrará poucas sacas para negociações em preços atuais.
fonte: Olha Goiás
Dependente da safrinha, produção de milho pode alcançar novo recorde
Em seu levantamento de março, divulgado ontem (8), a CONAB estimou que a produção brasileira de milho na corrente safra pode chegar aos 61,7 milhões de toneladas, o que deve representar novo recorde no País.
Superando em 5% os 58,6 milhões de toneladas de 2008 – volume por ora recorde na produção brasileira de milho – a atual projeção representa aumentos de 7,5% sobre a safra de 2011 (57,4 milhões de toneladas) e de 1,4% sobre o previsto em fevereiro passado. O acréscimo neste último caso parece pequeno, mas corresponde a um adicional de quase 1 milhão de toneladas em relação à previsão anterior.
O que não escapa, nas atuais projeções, é que a primeira safra de milho é quase similar (mas ainda inferior) à primeira safra do ano passado. Ou seja: todo o aumento previsto e a possibilidade de novo recorde na produção estão sustentados, exclusivamente, no desempenho da safrinha, por ora ainda uma promessa.
Fonte: site Agrolink
Milheto é cultura alternativa para cobertura de solo
O milheto é uma forrageira de clima tropical muito utilizada nesse período que, além de ser útil na rotação de culturas, possui boa qualidade nutricional quando usada como ração para aves, suínos e ruminantes. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, disponibiliza no mercado sementes da cultivar de milheto BRS 1501 com ótimas características agronômicas.
O milheto é uma planta que se adapta bem a vários tipos de solos, tendo boa persistência em solo de baixa fertilidade e déficit hídrico. As principais características agronômicas da cultura (Pennisetum glaucum) são: baixa exigência hídrica, apresentando vantagem no gasto com água em relação ao milho e ao sorgo; seu cultivo demanda a aplicação de poucos insumos, o que pode reduzir o custo de produção; alta capacidade de ciclagem de nutrientes; crescimento rápido e elevada produção de biomassa, uma vantagem na região tropical, onde se tem muita dificuldade de obter palhada para o plantio direto.
Além dessas características, o milheto é importante para a recuperação de pastagem e para a produção de silagem. Tem facilidade de produção de sementes e de mecanização para semeadura. Apresenta ainda resistência às principais pragas, reduzindo a população de nematóides como o Meloidogyne incógnita e javanica,Pratylenchus brachyurus e Rotylenchulus reniformis, e bom aproveitamento para pecuária, já que é um ótimo complemento aos capins que apresentam baixos teores de carboidrato e proteína.
A cultivar BRS 1501, da Embrapa, possui ciclo de florescimento de 50 dias, maturação fisiológica de 80 dias, ótima capacidade de perfilhamento e potencial produtivo de grãos de 2,5 toneladas por hectare. Essa cultivar tem ainda altura média das plantas de 180 cm e grãos semiduros com 12% de teor de proteína.
Segundo o Gerente do Escritório de Negócios de Dourados, Huberto Noroeste dos Santos Paschoalick, a cultivar é resultado do programa de melhoramento do milheto desenvolvido pela Embrapa Milho e Sorgo e conquistou os produtores brasileiros pela sua adaptação aos solos ácidos e de baixa fertilidade e pela capacidade de extração de nutrientes do solo com um sistema radicular profundo e abundante, promovendo a ciclagem de nutrientes para a camada mais superficial. “Este, talvez, seja o principal motivo para a ampla adoção do milheto nas regiões do Cerrado, onde ocupa cerca de quatro milhões de hectares e ajudou a consolidar o sistema de plantio direto”, finaliza.
Fonte: Embrapa
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