Em Gaza, israelenses atacam a paróquia da Sagrada FamÃlia. Duas mulheres foram mortas
Os israelenses abriram fogo contra os cristãos de Gaza. Depois do dramático e pesado bombardeio de ontem à noite na área em torno da paróquia latina da Sagrada Família, na Cidade de Gaza, com dezenas de mortos - de acordo com a agência palestina Wafa -, nessas horas eles estariam sob fogo de franco-atiradores israelenses.
De acordo com as notícias que estão chegando, confirmadas por algumas fontes em Belém, como o pastor luterano, duas mulheres foram mortas, provavelmente mãe e filha, esta última assassinada ao tentar ajudar a mãe idosa que havia sido baleada pelos atiradores de elite. Também houve vários feridos, um deles em estado muito grave.
O ataque, ainda em andamento, teria sido justificado pelos israelenses, que falam da presença de um lançador de foguetes na paróquia. Apesar da intervenção do Patriarcado Latino de Jerusalém, a operação não foi interrompida. Dizem que os soldados israelenses entraram no complexo da paróquia e estão na praça da própria paróquia, de onde estão atirando contra os civis que se refugiaram no edifício.
Vatican News
Gaza vive o primeiro de quatro dias de cessar-fogo
A trégua na Faixa de Gaza está em vigor desde as 7h (hora local, 2h em Brasília). Durante quatro dias, haverá troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. O início da libertação de 50 reféns feitos pelo Hamas - o primeiro grupo será composto por 13 mulheres e crianças - está previsto para as 16h locais (11h em Brasília). A pausa nas hostilidades servirá também para a entrada de material humanitário e combustíveis em Gaza.
Nas horas que antecederam o cessar-fogo, ocorreram intensos combates em Gaza. Veículos de comunicação relataram colunas de fumaça dos bombardeios aéreos israelenses sobre a cidade, além do som de disparos de artilharia. Pelas 7h locais, a situação começou a se acalmar, embora fossem ainda ouvidos disparos esporádicos. Soaram também sirenes de alerta para bombas nas localidades israelenses mais próximas de Gaza.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Avichay Adraee, avisou que "a guerra ainda não acabou", lembrando, em vídeo divulgado nas redes sociais, que a "pausa humanitária é temporária".
Ajuda humanitária
Os primeiros caminhões de uma caravana de ajuda humanitária começaram hoje a entrar na Faixa de Gaza pela fronteira de Rafah, com o início da trégua, informou a televisão egípcia Al Qahera News.
A pausa de quatro dias na guerra entre Israel e o grupo islamita palestino Hamas vai permitir a entrada diária em Gaza de 200 caminhões de ajuda humanitária.
O Serviço Prisional de Israel recebeu os nomes das mulheres e dos menores palestinos que serão libertados, todos eles condenados por terrorismo.
Os 39 prisioneiros serão, num primeiro momento, transferidos para a prisão de Ofer, na Cisjordânia ocupada. Lá vão aguardar a entrega de 13 reféns do Hamas.
Agência Nacional
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