Nesta quinta-feira (14), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Sandra Monteiro, recebeu uma devolução por parte do governo francês: 998 fósseis datados do período cretáceo, com mais de 90 milhões de anos. O episódio marca o desfecho de um caso que teve início em 2013, quando esses vestígios foram contrabandeados e posteriormente apreendidos durante uma inspeção de rotina da Alfândega francesa em um contêiner proveniente do Brasil.
Os fósseis, que incluem 650 placas de Formação Crato contendo vestígios de crustáceos, insetos e plantas, juntamente com 348 nódulos de animais fossilizados em cobertura de argila, foram simbolicamente entregues ao Brasil no ano passado, em uma cerimônia realizada na França. Após a apreensão, as peças passaram por perícias em museus franceses, confirmando a origem e autenticidade do material.
Originários da bacia que corta a Chapada do Araripe, no Cariri cearense, os fósseis de pterossauros, peixes, plantas, insetos e outras espécies de animais foram retirados ilegalmente. Surpreendentemente, algumas dessas peças apresentam perfeito estado de conservação dos tecidos.
Agora, esses farão parte do acervo do Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri, localizado em Santana do Cariri. Além disso, estão previstas exposições itinerantes para compartilhar essa parte da história natural com o público.
Olha Goiás
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