EUA admitem isentar do tarifaço café, cacau, manga, abacaxi e banana
Em entrevista concedida nesta terça-feira à CNBC, o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, admitiu que o governo do presidente Donald Trump pode isentar do tarifaço produtos “incapazes de crescer em solo americano”, como cacau, café, manga, abacaxi e outros recursos naturais.
“Em nossos acordos comerciais, nossa expectativa é que, em relação aos recursos naturais indisponíveis, como uma banana, outras especiarias e raízes, pode não haver tarifa”, afirmou Lutnick em entrevista à CNBC.
O auxiliar de Trump afirma que, caso a decisão tomada pelos EUA seja o de isentar esses produtos, os países eventualmente beneficiados teriam a obrigação de se abrir para a soja norte-americana, como contrapartida.
“Por que vocês esperam nos vender café e cacau e não nos deixam vender soja? Parece injusto. Vamos tornar isso justo”, defendeu. Cabe lembrar que o café é um dos principais produtos vendidos pelo agronegócio brasileiro.
Lutnick celebrou o fato de que, na visão dele, o presidente Trump está conseguindo fechar acordos comerciais que “levariam décadas” para serem costurados pelas vias diplomáticas habituais. “Esses acordos normalmente levam décadas, mas Trump trabalha com tempo diferente e quer acordos feitos agora”, disse ele.
Ainda segundo o secretário do Comércio norte-americano, a decisão final sobre os países que serão contemplados com acordos comerciais com os EUA cabe unicamente a Trump.
Mais Goiás
Copom eleva juros básicos da economia para 15% ao ano
Apesar do recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano.
Embora houvesse divisões, a decisão surpreendeu parte do mercado financeiro, que esperava a manutenção em 14,75% ao ano.
Essa foi a sétima elevação seguida dos juros básicos. A Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Esse deve ser o último aperto monetário, antes da interrupção no ciclo de alta, no segundo semestre.
De setembro do ano passado a maio deste ano, a Selic foi elevada seis vezes. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual e uma de 0,5 ponto.
Alta acumulada da inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial, recuou para 0,26%, mesmo com a pressão de alguns alimentos e da conta de energia. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação.
Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.
No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em junho de 2025, a inflação desde julho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em julho, o procedimento se repete, com apuração a partir de agosto de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.
No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 5,1% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho.
As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,25%, quase 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,5%.
Juros altos e crédito mais caro
O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2025.
O mercado projeta crescimento melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,2% do PIB em 2025.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
Canal Rural
Susto com gripe aviária não afetou consumo de frango e ovos em Goiás, aponta Ifag
Apesar do susto inicial provocado pela confirmação do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), vulgarmente conhecida como gripe aviária, em uma granja comercial brasileira, a resposta rápida das autoridades sanitárias tem evitado maiores prejuízos à cadeia produtiva de aves no país. O foco, registrado em maio no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, gerou suspensões pontuais nas exportações por parte de países como China, Japão, Emirados Árabes e Reino Unido. Em Goiás o único caso registrado até o momento foi em uma fazenda em Santo Antônio da Barra com frangos de subsistência, no entanto, os impactos foram limitados.
O estado, que se mantém como um dos maiores produtores de frango e ovos do Brasil, continua com suas atividades sem alterações para o consumidor final. Ao Mais Goiás, o analista de mercado do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Marcelo Penha, garantiu que o consumo de carne e ovos no estado não sofreu impacto direto. “Desde o início foi informado que a carne e os ovos processados não representam risco ao consumidor. Não houve nenhum prejuízo no consumo interno aqui em Goiás”, afirmou Penha. Para o caso registrado com frangos caipiras, criados para vendas locais, não afetam diretamente as vendas e exportações por não serem comercializados em larga escala.
Zona de risco isolada e medidas imediatas
O foco de contaminação levou à ativação dos protocolos previstos no Plano Nacional de Contingência do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Assim como no caso do Rio Grande do Sul, a Agrodefesa goiana também reforçou as medidas preventivas, principalmente em propriedades próximas de rotas comerciais e regiões de alta produção.
“O órgão de defesa já tomou todas as medidas cabíveis, criou zonas de isolamento e notificou produtores vizinhos sobre os cuidados necessários. Como o vírus não se espalhou, a situação voltou ao padrão de vigilância normal em Goiás”, explicou o analista.
Exportações
Mesmo com a contenção rápida, as exportações goianas sofreram momentaneamente. Países como a China — principal comprador de carne de frango brasileira — suspenderam as importações por 60 dias, conforme acordo internacional. Ainda assim, segundo Penha, a diversificação de destinos ajudou a amortecer os prejuízos.
“Alguns países limitaram o bloqueio ao município ou ao estado afetado, o que permitiu a continuidade das exportações em outras regiões. Goiás, por exemplo, continua com autorização para exportar para vários destinos”, ressaltou.
Impacto para produtores, não para o consumidor
Embora o consumidor não tenha sentido os efeitos diretamente nas gôndolas, os produtores integrados, que trabalham com contratos de fornecimento para frigoríficos, enfrentaram uma redução nos ganhos durante o período de suspensão. “Esse é o principal impacto negativo. O produtor perde rendimento, o que afeta sua atividade econômica. Mas é algo que o mercado tem conseguido absorver”, pontuou Marcelo Penha.
No caso dos ovos, Penha também tranquiliza a população. Ele explica que em situações de foco em granjas, os ovos são automaticamente descartados, não chegando ao comércio. “Se o problema for em unidades produtoras, os ovos são inutilizados, tanto os destinados à reprodução quanto os para consumo. Nenhum produto contaminado chega ao consumidor”, afirmou.
Vigilância constante
Com mais de R$ 9,6 bilhões movimentados apenas com frangos em 2025, Goiás mantém posição de destaque no cenário nacional. O estado possui um sistema sanitário considerado modelo, e a atuação preventiva tem sido a chave para evitar a disseminação de doenças como a Influenza Aviária.
“O estado produz mais do que consome e é grande exportador. Por isso, a vigilância é constante. Qualquer sintoma como dificuldade respiratória, asas caídas ou diarreia nas aves deve ser imediatamente comunicado à Agrodefesa”, orientou o analista.
Segundo o MAPA, a Influenza Aviária não é transmitida por alimentos, e o Brasil segue classificado como país livre da doença no comércio internacional. O alerta permanece, mas as ações de contenção e informação têm evitado pânico e desinformação.
Defesa sanitária
No dia 15 de maio, o Ministério da Agricultura confirmou o primeiro caso de IAAP em uma granja no Sul do país. Desde então, o Brasil ativou os protocolos de controle, incluindo a vigilância ativa em zonas de risco e notificação a organismos internacionais. Goiás não teve registros e reforçou as medidas para evitar qualquer entrada do vírus em território estadual.
Exportações de Carne de Frango
Os dados acumulados de janeiro a abril de 2025 revelam um cenário de crescimento sólido nas exportações de carne de frango em Goiás, com um total movimentado de US$ 181,3 milhões, representando uma alta de 20,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em volume, foram embarcadas 91,3 mil toneladas, crescimento de 15,6%. O valor médio por tonelada atingiu US$ 1.985,03, avanço de 4,5%, evidenciando melhora na valorização do produto goiano no mercado internacional.
Abril de 2025 destacou-se como o melhor mês do período, com exportações que totalizaram US$ 49,4 milhões, referentes ao envio de 24,6 mil toneladas, ao preço médio de US\$ 2.006,65 por tonelada. Este resultado representa aumento de 8,8% em receita, 6% em volume e 2,6% em preço unitário, na comparação com abril de 2024.
Perfil do Produto Exportado
A análise por categoria aponta que asas e peito congelados lideram o portfólio exportador, respondendo por 40% do valor total comercializado. Em seguida, aparecem coxas com sobrecoxas (25,1%), galos e galinhas não cortados congelados (22,4%) e pedaços e miudezas congeladas (12,5%). Essa composição sugere uma preferência do mercado externo por cortes nobres e produtos com maior valor agregado.
Destinos Internacionais
Entre os principais mercados compradores, destacam-se os Emirados Árabes Unidos (14,1%), China (12,1%) e Arábia Saudita (11,1%). O Japão absorveu 8% das exportações goianas, enquanto a Coreia do Sul ficou com 5,9%. Em termos absolutos:
- Emirados Árabes Unidos: US$ 25,5 mi / 12 mil toneladas
- China: US$ 21,8 mi / 7,3 mil toneladas
- Arábia Saudita: US$ 20 mi / 8,6 mil toneladas
- Japão: US$ 14,5 mi / 6,4 mil toneladas
- Coreia do Sul: US$ 10,7 mi / 5,7 mil toneladas
A diversidade de destinos reforça a competitividade da carne de frango goiana, com presença consolidada em mercados estratégicos do Oriente Médio e da Ásia.
Tendência Mensal
O gráfico de exportações mensais mostra relativa estabilidade nos volumes embarcados ao longo dos últimos 12 meses, com picos em abril/25 (24,6 mil t) e janeiro/25 (cerca de 22 mil t). Em termos de receita, abril também foi o mês de melhor desempenho, impulsionado pela leve recuperação do preço médio por tonelada, após oscilações registradas entre outubro/24 e fevereiro/25.
Mais Goiás
Dólar cai a R$ 5,47 com relato de fluxo de capitais e possÃvel derrubada da alta do IOF
O dólar perdeu força frente ao real, após atingir máxima de R$ 5,5059, e recuou à mínima de R$ 5,4704 (queda de 0,29%) no mercado à vista na manhã desta terça-feira, 17. Analistas citam como motivos a entrada de capital estrangeiro no Brasil por perspectiva de manutenção dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira, 18, além de uma possível alta da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) devido ao risco fiscal no Brasil.
É o caso de Fabrizio Velloni, da Frente Corretora. "A chance de mais uma alta da Selic ou, no mínima, a sua estabilidade em patamar alto por longo período deve estar atraindo fluxo de capitais para o Brasil, afirma.
Além disso, Velloni diz que a expectativa em torno da possível derrubada no Congresso do projeto de decreto legislativo sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações cambiais tem segurado a demanda por dólares para remessas, ajudando a aliviar a alta das cotações. Segundo ele, o dólar subiu mais cedo ante o real, sob influência do movimento de busca de proteção no exterior diante da continuidade das tensões no Oriente Médio.
(Agência Estado)
PIB de Goiás cresce 7,7% no primeiro trimestre de 2025
O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás cresceu 7,7% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado foi influenciado pela agropecuária, que teve alta de 17,4%, impulsionada principalmente pelas boas estimativas de produção de soja, que atingirá o seu maior volume de produção em 2025.
Os dados constam no boletim sobre a Conjuntura Econômica de Goiás, divulgado pelo Instituto Mauro Borges de Pesquisa e Política Econômica (IMB), nesta segunda-feira (16/06). O documento também mostra que a indústria cresceu 1,6% no mesmo período, com destaque para as atividades de construção civil (5,3%) e indústria de transformação (1,4%). Já os serviços apresentaram recuo de 0,6%.
Na análise com ajuste sazonal, na comparação com o quarto trimestre de 2024, o PIB goiano também apresentou resultado positivo com crescimento de 3,6%. Entre os setores, a agropecuária e os serviços tiveram resultados positivos com aumento de 47,7% e 1,2%, respectivamente.
“O resultado do PIB de Goiás para o primeiro trimestre do ano consolida o bom momento da nossa economia, impulsionada por fatores sazonais da agropecuária e pela recuperação de segmentos industriais estratégicos”, pontuou o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
Acesse o boletim na íntegra em: goias.gov.br/imb.
Agência Cora de Notícias
Brasil e China firmam acordo para modernizar serviços postais e aprimorar atendimento à população
O Ministério das Comunicações firmou um acordo com o governo chinês para modernizar os serviços postais no Brasil. A parceria prevê intercâmbio de tecnologias, troca de experiências e ações para tornar os serviços dos Correios mais eficientes, inclusivos e acessíveis principalmente para aqueles que vivem em áreas remotas.
Para o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, esta parceria poderá garantir que o cidadão receba um serviço mais ágil, confiável e moderno:
“A gente teve várias reuniões com os ministros do governo chinês onde foi discutido vários temas de interesse do Brasil e da China, de investimentos e um dos temas nossos foi a questão de novas tecnologias para o Brasil e a gente também teve a oportunidade de assinar com a autoridade postal do governo chinês um acordo de cooperação justamente pra inovar, para melhorar a regulamentação do setor postal no Brasil, que vai beneficiar tanto os Correios quanto as empresas de logística, justamente pra modernizar a regulamentação do setor”.
O acordo também incentiva o fortalecimento das relações comerciais entre os operadores postais de Brasil e China, promovendo o compartilhamento de experiências em logística, atendimento e inovação. A ideia é ampliar o escopo dos serviços, impulsionar a eficiência e atender melhor às demandas dos cidadãos brasileiros e chineses.
A parceria foi firmada durante viagem do presidente Lula à China, que marca a articulação diplomática do governo federal por equilíbrio comercial e defesa do multilateralismo.
Brasil bate recorde de empreendedorismo nos últimos 4 anos
A taxa de empreendedorismo no Brasil atingiu seu maior nível desde 2020 ao saltar de 31,6% para 33,4% em 2024, segundo o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), elaborado pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em Empreendedorismo (Anegepe).
Ao todo, 47 milhões de brasileiros estão envolvidos com um negócio próprio, formal ou informal. Com isso, o país subiu duas posições no ranking mundial de empreendedores estabelecidos e ultrapassou economias como Reino Unido, Itália e até Estados Unidos.
Para o multiempresário Reginaldo Boeira, que há mais de quatro décadas empreende no Brasil e hoje é dono de 12 empresas, o crescimento do empreendedorismo no país reflete, na verdade, uma dura realidade.
“Eu acredito no empreendedorismo como uma ferramenta para mudar a realidade das pessoas, mas no Brasil, não é só pela vontade de inovar ou criar algo novo. Muitas pessoas estão empreendendo porque perderam seus empregos ou não encontram oportunidades formais no mercado. É uma resposta à necessidade.
Só no Brasil, são mais de 7,5 milhões de pessoas desocupadas, segundo o IBGE. O empreendedorismo, nesse cenário, se torna uma saída para sobreviver e buscar uma renda”, afirma.
Reginaldo Boeira aponta que um dos caminhos mais seguros para quem deseja abrir um negócio é o sistema de franquias. Isso porque, de acordo com o Sebrae, a taxa de mortalidade de empresas comuns chega a 60% nos primeiros cinco anos de vida. No caso das franquias, esse índice não chega a 10% no mesmo período.
“A franquia já nasce com um modelo testado e validado. O franqueado conta com suporte, treinamento e estratégias prontas, o que reduz os erros e aumenta as chances de sucesso. É um atalho inteligente para quem está começando”, pontua Boeira, presidente da KNN Group, holding que administra suas empresas, entre elas, uma das cinco maiores
Jornal Somos
Gás de cozinha sofre aumento de até R$ 12 em Goiás
O preço do gás de cozinha em Goiás (botijão de 13 kg) ficará de R$ 10 a R$ 12 mais caro, conforme o Sindicato das Revendedoras da região Centro-Oeste (Sinergás). A medida ocorre devido aos leilões mensais promovidos pela Petrobras em parceria com o governo federal, desde dezembro de 2024, informa o presidente da entidade, Zenildo Dias do Vale.
Segundo Zenildo, mês a mês os valores têm subido R$ 1,50, R$ 2, R$ 3, mas somente agora, em maio, o valor será repassado ao consumidor na íntegra, a pedido do governo e Petrobras. Em Goiânia, ainda existem locais com o produto de até R$ 120. A expectativa, contudo, é que o botijão passe a valer até R$ 140 para o consumidor final.
“Quem está mandando passar esse aumento não é o Sinergás, mas o governo federal e a Petrobras, que trabalharam quietinhos. O bolso vai doer na dona de casa, mas se não passarmos, os empresários saem do mercado”, critica o governo por não dar transparência aos aumentos que ocorreram nos últimos meses.
Nota da Sinergás
A Sinergás, por meio do presidente Zenildo Dias do Vale, também enviou nota ao portal. Confira a seguir:
“O Sinergás (…) vem por meio desta informar a toda categoria que a Petrobras, juntamente com o governo federal, começou os leilões do Gás GLP com todas as engarrafadoras em dezembro de 2024, sendo realizado em todos os meses subsequentes em 2025, levando nosso a setor não conseguir repassar os aumentos mensais em virtude da própria Petrobras e governo federal não divulgarem os aumentos.
Informamos que a Petrobras e o governo federal estará repassando um aumento do gás de cozinha a partir do dia 6 de maio de 2025, no valor de R$ 10 a R$ 12 por P-13, elevando o botijão de gás P-13 para R$ 130 a R$ 140 ao consumidor final no Estado de Goiás.”
Mais Goiás
Custo da cesta básica sobe em 14 capitais brasileiras em março
Apenas três capitais brasileiras não apresentaram aumento no custo médio da cesta básica no mês de março. Das 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, somente Aracaju (-1,89%), Natal (-1,87%) e João Pessoa (-1,19%) mostraram redução no custo médio.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), responsável pela pesquisa, as maiores elevações observadas no mês de março ocorreram nas capitais da Região Sul do país:
Curitiba (3,61%);
Florianópolis (3%); e
Porto Alegre (2,85%)
Produtos que mais aumentaram
Entre os maiores vilões para o aumento da cesta no mês passado estão o café, que subiu em todas as capitais analisadas, o tomate e o leite integral. Por outro lado, o preço do quilo da carne bovina de primeira caiu em 15 capitais, com exceção de João Pessoa (PB) e do Recife (PE).
A cesta básica mais cara do país continua a ser a de São Paulo, onde o custo médio chegou a R$ 880,72. Em seguida vêm Rio de Janeiro (R$ 835,50), Florianópolis (R$ 831,92) e Porto Alegre (R$ 791,64).
Cesta básica mais cara e mais barata
Já a cesta mais barata foi observada nas capitais das regiões Norte e Nordeste do país, onde a composição de produtos é diferente. Os menores valores médios foram encontrados em Aracaju (R$ 569,48), João Pessoa (R$ 626,89), no Recife (R$ 627,14) e em Salvador (R$ 633,58).
Com base na cesta mais cara, que em março foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário mínimo em fevereiro deveria ser de R$ 7.398,94 ou 4,87 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00.
Canal Rural
Goiás lidera geração de empregos no paÃs em fevereiro de 2025
Goiás liderou a geração de empregos no país com a criação de 20.584 postos formais de trabalho em fevereiro de 2025, resultado de 98.124 admissões e 77.540 desligamentos. Esse foi o maior crescimento, em termos relativos, com uma variação de 1,30%, superando a média nacional (0,91%) e regional (1,08%).
Com o resultado, o estoque de empregos com carteira assinada no estado atingiu a marca de 1.609.844 vínculos ativos. Esse é o maior nível já registrado em toda a série histórica, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), validados pelo Instituto Mauro Borges (IMB).
O setor de serviços liderou o saldo de contratações em fevereiro, com a criação de 9.474 novas vagas, seguido pela agropecuária, com 4.194 novos postos de trabalho, indústria (2.940), comércio (2.496) e construção (1.480).
“Esse cenário positivo no mercado de trabalho goiano mostra a efetividade das nossas políticas públicas, que direciona os goianos para melhores oportunidades de emprego e renda”, pontua o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
O estado de Goiás também se destacou no desempenho acumulado em 2025, entre janeiro e fevereiro, com um crescimento de 2,22% no número de empregos formais. Esse avanço, o segundo melhor resultado entre as unidades da federação, superou a média nacional em 1,00 ponto percentual (p.p.) e ficou 0,07 p.p. acima da média da região, que registrou crescimento de 2,15% no mesmo período.
Agência Cora de Notícias
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