O progresso da colheita de soja no Sul do país
A colheita da safra 2024/25 de soja no Paraná alcançou 81% da área cultivada de 5,768 milhões de hectares, conforme informações do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do estado. O número fica abaixo dos 5,785 milhões de hectares cultivados na safra anterior, 2023/24.
No Paraná e no estado de Santa Catarina, embora as chuvas não sejam volumosas, há previsão de temporais com fortes rajadas de vento e queda de granizo, exigindo atenção redobrada dos produtores. Já no Rio Grande do Sul, o tempo quente e seco favorece a colheita da soja, mas pode impactar as lavouras em fase final de desenvolvimento.
A condição das lavouras do estado
De acordo com o Deral, 87% das lavouras de soja do estado estão em boas condições, 12% apresentam condição média e 1% está em estado ruim. Em comparação com o relatório anterior, divulgado em 10 de março, houve uma melhora na classificação das lavouras: na época, 82% estavam boas, 16% em condição média e 2% eram consideradas ruins.
Fases de desenvolvimento da soja
Atualmente, 15% das lavouras ainda estão na fase de frutificação, enquanto 85% encontram-se em maturação. No levantamento anterior, esses percentuais eram de 24% e 76%, respectivamente.
Produtividade e produção
A produtividade média da safra 2024/25 foi estimada em 3.673 quilos por hectare, superando os 3.200 quilos registrados na safra passada. Com isso, a produção total de soja no Paraná deve atingir 21,189 milhões de toneladas, representando um aumento de 14% em relação à safra 2023/24, que teve uma produção de 18,509 milhões de toneladas.
Canal Rural
Colheita de soja ultrapassa 70% da área esperada
Os trabalhosrelacionados à colheita da soja no Brasil alcançaram 70,2% da área total esperada até o dia 14 de março, conforme dados divulgados pela consultoria Safras & Mercado. Na semana anterior, o índice era de 59,5%.
Ritmo da colheita de soja
O ritmo de colheita está um pouco mais acelerado em comparação ao mesmo período do ano passado, quando havia sido registrado 62,4%. Além disso, o avanço supera a média dos últimos cinco anos, que é de 63,7%.
O tempo tem ajudado?
Apesar do avanço da colheita da soja no Brasil, algumas regiões ainda enfrentam dificuldades. A disponibilidade hídrica do solo está crítica no interior da Bahia e no norte de Minas Gerais, agravada pela falta de chuvas nos últimos dias.
No interior de São Paulo, a situação também é desafiadora, com índices de umidade entre 20% e 30%. No entanto, a região paulista apresenta condições um pouco mais favoráveis, especialmente para os produtores na fase final de enchimento de grãos. Algumas pancadas de chuva nas áreas de Alta Mogiana e no sul de Minas Gerais devem ajudar a amenizar os efeitos da estiagem.
Já no Centro-Oeste, a previsão é de chuvas frequentes, com aumento no volume de precipitações na próxima semana, beneficiando especialmente o Mato Grosso. A região do Matopiba também deve receber chuvas expressivas, proporcionando alívio para algumas áreas e reduzindo os impactos da seca.
Canal Rural
O preço das emissões de carbono na agropecuária brasileira foi estimado em US$ 11,54 por tonelada de gás carbônico equivalente (US$ 11,54/tCO2e), conforme estudo da Embrapa Territorial embasado em trabalhos científicos de diversos países.
A pesquisa analisou valores, métodos de cálculo e fatores que determinam o preço do carbono emitido pelo setor ao redor do mundo.
Para a economista Daniela Tatiane de Souza, analista da Embrapa, ter uma estimativa de valor é importante para que as empresas e instituições que queiram desenvolver programas e políticas de incentivo a práticas sustentáveis tenham preços de referência.
Os valores encontrados para a tonelada de CO2 equivalente variaram bastante conforme a fonte pesquisada pelo estudo da Embrapa. Assim, iam de US$ 2,60 a US$ 157,50/tCO2e.
Daniela explica que essa variabilidade é natural, já que os artigos analisados utilizam métodos distintos e tratam da agricultura em países com níveis de adoção de tecnologias diversos.
Desta forma, a revisão sistemática revelou os principais fatores que influenciam o custo das emissões de carbono na agropecuária. O principal deles é o Produto Interno Bruto (PIB) de cada país.
“Qualquer variação no PIB afeta o preço do carbono. Verificou-se que economias maiores tendem a ter preços de carbono mais baixos. Se aumentar o nível de CO2 na agricultura, o que vai acontecer com o preço do carbono? Em mercados voluntários ou menos regulamentados, um aumento nas emissões de CO2 pode não resultar em preços mais altos para o carbono”, detalha.
Além do PIB e do nível de emissões de CO2, são considerados, principalmente, a participação da agricultura na economia e o uso de fertilizantes nitrogenados.
Para estimar o preço do carbono para a agropecuária brasileira, a equipe da Embrapa Territorial utilizou esses fatores determinantes globais. Com dados próprios do Brasil e adotando um modelo econométrico, chegou-se ao preço de US$ 11,54/tCO2e.
De acordo com Daniela, o valor está próximo do que tem sido observado no mercado voluntário internacional de carbono, para a agricultura.
O chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, ressalta que é importante reconhecer que, em alguns casos, o aumento do nível tecnológico da produção pode elevar as emissões. “Mas, quando pensamos na sustentabilidade de forma mais ampla, isso é compensado com ganhos na produtividade e maior sequestro de carbono nos sistemas agropecuários.”
Por que o precificar o carbono?
Por ser o gás de efeito estufa (GEE) mais emitido na atmosfera desde o início da industrialização, o gás carbônico tornou-se indicador ambiental. Para efeitos comparativos e uniformização no mercado, a geração de outros GEE e agentes causadores de impacto ambiental são convertidos em toneladas de CO2 equivalente para mensuração e valoração.
Ao se estimar o preço do carbono de uma atividade econômica, cria-se um incentivo financeiro para se investir em tecnologias e práticas mais sustentáveis. Por exemplo, a melhoria nas práticas de adubação para diminuir o uso de nitrogênio e a emissão de óxido nitroso – outro importante GEE – para a atmosfera.
“Como a redução das emissões de GEE e a remoção de CO2 da atmosfera têm um custo (social, econômico e ambiental), a precificação é necessária para saber quanto se deve pagar por uma tonelada de CO2 equivalente que deixou de ser emitida ou que foi removida da atmosfera por uma atividade ou projeto”, detalha o pesquisador da Embrapa Lauro Rodrigues Nogueira Júnior.
Segundo ele, a precificação de carbono serve de referência para quem vai receber e para quem vai pagar por isso. “É claro que ela é só uma referência, pois quando já se tem o certificado de emissão reduzida (CER), pode-se negociar valores maiores do que quem ainda vai iniciar um projeto. Esse valor serve também para programas governamentais de redução de emissões que precisam de referências, assim como para os programas de pagamento por serviços ambientais que vêm sendo implementados no Brasil”, complementa.
Como o estudo foi realizado?
A equipe da Embrapa conduziu uma revisão sistemática de publicações científicas sobre precificação do carbono na agropecuária ao redor do mundo, a partir de fontes como Science Direct, Web of Science, Springer, Wiley Online e Google Scholar.
A pesquisa considerou diferentes metodologias para a precificação, incluindo custo marginal de abatimento, modelos de avaliação integrada e preço sombra. Foram selecionados 32 estudos, abarcando o período entre 2004 e 2024. O maior número de trabalhos tem origem na China, Austrália e Reino Unido.
Canal Rural
Deputada Marussa Boldrin cobra ação efetiva contra a proliferação de javalis que ameaçam o agro brasileiro
A deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO) protocolou um Requerimento de Informação - RIC 813/2025 direcionado à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e ao presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
O documento solicita esclarecimentos sobre as diretrizes e estratégias adotadas pelo Governo Federal para o controle e erradicação dos javalis (Sus scrofa), uma espécie invasora que tem causado graves prejuízos ao agronegócio brasileiro e colocado em risco a saúde e a segurança de produtores e da população rural.
A presença descontrolada dos javalis tem se tornado uma ameaça crescente para a agropecuária nacional. Esses animais selvagens, conhecidos por sua alta capacidade de reprodução e comportamento agressivo, destroem lavouras, atacam animais da pecuária e até domésticos, além de serem potenciais vetores de doenças como febre aftosa e peste suína clássica, o que coloca em risco o status sanitário do Brasil e pode comprometer as exportações agropecuárias.
No requerimento, a deputada Marussa Boldrin busca entender quais medidas concretas têm sido adotadas pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo IBAMA para conter essa ameaça. Dentre os 22 questionamentos apresentados, a parlamentar solicita informações sobre:
Métodos de controle já utilizados e sua efetividade;
Investimentos realizados nos últimos dez anos para o combate à espécie;
Coordenação entre estados e municípios para ações conjuntas de manejo;
Estimativas populacionais atualizadas dos javalis por estado;
Ações de fiscalização e diagnóstico sanitário para evitar surtos epidêmicos;
Programas de apoio ou indenização aos produtores afetados;
Protocolo de segurança sanitária para proteger a suinocultura brasileira.
A deputada reforça que, apesar de o problema ser reconhecido há mais de uma década, as ações de controle têm sido ineficazes e a população de javalis continua crescendo, ampliando os riscos para o agro e para a biodiversidade nacional. “Os produtores rurais estão desamparados. O avanço descontrolado dos javalis não é só uma questão ambiental, é também uma questão econômica e de segurança sanitária. Precisamos de ações coordenadas e efetivas para proteger o agro brasileiro”, destacou Marussa.
Outro ponto crítico levantado pela parlamentar é o impacto financeiro que essa invasão já está causando. A falta de transparência sobre os valores investidos e a ausência de uma estratégia nacional de controle populacional podem agravar ainda mais a situação. Segundo Marussa, um surto de febre aftosa ou peste suína clássica originado em javalis poderia causar prejuízos bilionários ao setor agropecuário, comprometendo as exportações e afetando a segurança alimentar nacional.
O requerimento de informação é um passo decisivo para pressionar o governo a agir com mais rigor e eficácia na proteção do agronegócio. Marussa Boldrin reafirma seu compromisso com os produtores rurais e a defesa do setor agropecuário, cobrando respostas claras e ações concretas para conter essa ameaça.
O agro é o motor da nossa economia. Não podemos permitir que uma espécie invasora coloque em risco tudo o que foi construído com tanto esforço. Precisamos agir agora, com planejamento, estratégia e firmeza”, concluiu a deputada.
O requerimento agora aguarda resposta oficial do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA. O setor agropecuário espera que as informações fornecidas resultem em um plano de ação eficaz para garantir a segurança e a produtividade no campo.
Rádio Eldorado FM
22ª edição da Tecnoshow COMIGO deve gerar cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos
O evento, que espera atrair 150 mil visitantes, contará com a participação de colaboradores de diversas regiões do Brasil
Lançada oficialmente no último dia 19, a 22ª edição da Tecnoshow COMIGO deve gerar cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos durante toda a realização do evento, que inclui montagem e desmontagem dos estandes após seu encerramento.
Com o tema “Gerações do Agro”, a feira será realizada de 7 a 11 de abril no Centro Tecnológico COMIGO, em Rio Verde (GO), e terá como meta zerar a sua emissão de carbono. Para esse ano, são esperados cerca de 150 mil visitantes nos cinco dias de evento.
“Já estamos com um movimento considerável de pessoas trabalhando para montar os estandes da Tecnoshow. Elas vêm de todas as regiões do Brasil, além, é claro, de Rio Verde e seu entorno”, observa o coordenador de Infraestrutura do evento, Edimilson de Carvalho Alves.
Em relação à infraestrutura, a organização ampliou a área gramada onde ficam expostos os maquinários agrícolas e a parte pavimentada das ruas da feira em 2.000m² cada, totalizando 281.000 e 45.000m², respectivamente. Além disso, construiu mais um banheiro feminino e um masculino, ampliando o espaço das mulheres já existente próximo ao restaurante, para evitar filas. “Temos capacidade para atender cerca de 18 mil pessoas por dia e climatizamos todos os banheiros femininos”, destaca Alves.
Na área voltada para alimentação, dois dos três restaurantes disponíveis serão gerenciados por fornecedores da região de Rio Verde. Segundo o coordenador, o objetivo é reconhecer o trabalho da cozinha local. Além dos restaurantes, os visitantes terão acesso a lanchonetes, quiosques e food trucks. A área deve atender entre 7.500 e 9.000 pessoas em cada dia do evento.
Apoio na segurança
Para garantir a segurança dos visitantes e expositores, a Tecnoshow COMIGO contratou uma empresa terceirada com 85 funcionários, que circularão pelas dependências da feira. “Também contamos com o apoio das polícias Rodoviária Federal e Militar para o controle das rodovias e da Agência Municipal de Mobilidade e Trânsito para coordenar o trânsito”, acrescenta Alves.
No estacionamento gratuito, que comporta em torno de 19 mil veículos, também haverá funcionários para orientar os motoristas. O Corpo de Bombeiros terá um estande no evento para atender eventuais ocorrências.
Para garantir o sinal de rede nos cinco dias da feira a Vivo e a Claro levarão seus equipamentos de Estação Rádio Base (ERB). Nos estandes, cada expositor adquire sua internet de maneira individual, com link direto e cabeada.
“Em relação à energia elétrica, temos 20 transformadores para atender a feira, obtidos por meio de uma parceria com a Equatorial, concessionária que atende o estado. Vale ressaltar que também contaremos com geradores em lugares específicos, como os auditórios”, reforça o profissional, ao ressaltar que a feira está com quase tudo preparado para ser mais um grande encontro do agronegócio brasileiro.
TECNOSHOW COMIGO 2025
Data: 7 a 11 de abril de 2025 (segunda a sexta-feira)
Local: Centro Tecnológico COMIGO (CTC) – Rio Verde – GO (Rodovia GO 174 S/N área rural de Rio Verde)
Horário: 8h às 18h
Entrada gratuita
Rio Verde Rural
Girolando bate recorde em registros genealógicos e atrai pecuaristas das Américas
Responsável por cerca de 80% da produção de leite no Brasil, a raça girolando alcançou em 2024 quase 110 mil registros genealógicos, um recorde histórico para o setor.
De acordo com o superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Leandro Paiva, a alta valorização comercial dos animais, capazes de produzir leite em qualquer tipo de sistema de produção, explica a marca alcançada.
Segundo ele, é possível dizer que a própria raça se vende sozinha. Por conta disso, a cada ano, aumenta o número de pecuaristas produtores de leite que procuram a entidade em busca de animais de qualidade.
“Como um dos principais benefícios [de ser membro da associação], podemos citar o nosso programa de melhoramento genético, que é robusto e hoje está acessível a qualquer associado, a qualquer criador de girolando, seja ele pequeno, médio ou grande”, conta Paiva.
Para o superintendente da entidade, animais da raça girolando também têm como diferencial o poder de adaptação: são adequados aos pecuaristas com maior ou menor nível tecnológico, além de atenderem as exigências e demandas de outros países com clima temperado ou tropical.
“Países da América Central e da América do Sul vêm cada vez mais ao Brasil buscar a nossa genética, seja por meio de sêmem de touro girolando, de embriões de fêmeas da raça ou de animais vivos.”
Canal Rural
Agrodefesa alerta para prazo de semeadura do girassol
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) informa que termina no dia 31 de março o prazo para o produtor rural efetuar a semeadura do girassol em Goiás.
A medida fitossanitária está prevista na Instrução Normativa nº 01/2022 e vem sendo adotada com o objetivo de conter plantas voluntárias de soja (tiguera) que germinam nas entrelinhas do cultivo do girassol, de modo a prevenir a proliferação da ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
O alerta da Agência é necessário, especialmente nessa época do ano, porque o girassol é uma opção de cultivo na safrinha, geralmente produzido em sucessão à soja, e é uma atividade agrícola importante para a economia do estado de Goiás.
O calendário de semeadura foi definido e deve ser seguido pois, em caso de emergência da tiguera da soja nos campos cultivados com o girassol, o risco de ocorrência da ferrugem da soja é eminente. Além disso, não existem herbicidas seletivos para a cultura do girassol registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
No ranking nacional, Goiás lidera a produção de girassol. De acordo com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2024/2025 deve alcançar 76,2 mil toneladas, crescimento de 70,5% em relação ao ciclo anterior (2023/2024), que foi de 44,7 mil toneladas.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, explica que, por sua boa capacidade de adaptação climática e baixa incidência de pragas, a cultura do girassol tem ganhado cada vez mais importância em Goiás e entre os produtores.
“Essa atividade agrícola se tornou excelente opção de cultivo após a safra principal. Daí a importância da Agrodefesa na execução de ações que assegurem a sanidade vegetal no Estado e colaborem para a economia agrícola goiana”, destaca o presidente.
Importância de prazos e medidas
A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, explica que prazos, como o da semeadura e colheita do girassol, são estabelecidos para evitar a incidência e disseminação de pragas que podem acometer lavouras e causar sérios prejuízos ao produtor e à economia do estado.
“Todas as ações e medidas fitossanitárias na área de sanidade vegetal são adotadas após estudos e avaliações técnico-científicas, inclusive com apoio e aprovação de entidades do setor produtivo.
A Agrodefesa elaborada as normativas com o objetivo de assegurar a defesa agropecuária em Goiás. No caso do calendário de semeadura do girassol até 31 de março, o foco tem sido reduzir a emergência de plantas voluntárias de soja no meio da cultura do girassol e garantir que o período do vazio sanitário da soja seja respeitado. “Isso porque as tigueras podem vir a hospedar o fungo da ferrugem asiática, causando, assim, danos para a próxima safra de soja”, explica a gerente.
Ainda, Daniela Rézio acrescenta que a IN nº 01/2022 estabelece também a obrigatoriedade da destruição de toda e qualquer planta voluntária de soja nas imediações das lavouras de girassol, permitindo que apenas aquelas no interior da cultura permaneçam sem obrigação de destruição até a colheita do girassol.
Já nos casos em que a semeadura é feita após o dia 14 de março, as cultivares devem ser de ciclo curto (até 105 dias), porque a colheita final deve ser feita até 15 de julho.
Outra orientação é em relação ao cadastro de lavouras de girassol em Goiás. A medida é obrigatória e deve ser feita em até 15 dias após o término da semeadura, por meio do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). “É uma forma de acompanharmos a produção de girassol no Estado e planejarmos ações necessárias de sanidade vegetal para essa atividade agrícola”, ressalta Daniela.
Previsões e destaques
Além da estimativa de crescimento de 70,5% na produção de girassol no Estado, a Conab avalia que a safra 2024/2025 terá aumento de 11,4% em produtividade, passando de 1,14 tonelada por hectare no ciclo anterior para 1,27 tonelada na atual safra. Já em relação à área plantada, a previsão é de crescimento de 53,1%, saltando de 39,2 mil hectares em 2023/2024 para 60 mil hectares no atual ciclo.
O presidente da Agrodefesa informa que o girassol tem crescido em produção, produtividade e área plantada em Goiás devido às diferentes utilidades desse grão, tanto no âmbito agrícola quanto industrial. “Podemos destacar desde a utilização para produção de óleo até para alimentação animal, já que as sementes são usadas como ração animal, especialmente para aves e suínos. Após a extração do óleo, o resíduo, que é o farelo de girassol, é ainda uma excelente fonte de proteínas e fibras para a alimentação do gado, contribuindo para a produção de carne e leite”, lista.
Outras utilidades
O girassol é uma cultura de rotação importante, principalmente por sua capacidade de melhorar a fertilidade do solo. Por ser uma planta de raízes profundas, pode ajudar a aeração do solo e a decomposição de matéria orgânica.
Em Goiás, também ganhou utilidade no paisagismo e decoração. Por causa da aparência vibrante das grandes flores amarelas, o girassol tem sido utilizado em jardins e projetos de paisagismo.
Além disso, o girassol tem outros produtos derivados, como snacks (petiscos de sementes), cosméticos e até medicamentos. O óleo é utilizado em cremes, sabonetes, shampoos e outros produtos de cuidado pessoal devido às suas propriedades hidratantes e antioxidantes. É ainda uma planta importante para a apicultura, pois suas flores atraem muitas abelhas, contribuindo para a produção de mel.
Agência Cora de Notícias
Dia da Mulher: agronegócio tem crescimento feminino na força de trabalho
O Dia Internacional da Mulher, celebrado mundialmente em 08 de março é uma data comemorativa, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU), no século XX, e visa homenagear todas as mulheres e suas lutas históricas. Ao longo dos anos, toda sociedade é convidada para equiparar condições entre homens e mulheres, sem distinções ou discriminações.
Um dos principais setores da economia brasileira vem notando a crescente participação feminina: o agronegócio brasileiro nota o aumento das mulheres em todos os elos da cadeia agrícola, consolidam sua presença e ampliam seu impacto econômico e social.
Segundo pesquisa realizada pelo Boletim Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro, uma publicação trimestral elaborada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), quase 11 milhões de mulheres no Brasil trabalham com o agronegócio. Trata-se de um número que cresce ano a ano.
Dentro do Sistema Campo Limpo, o programa brasileiro e referência mundial de logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas, as mulheres estão presentes em todos os elos da cadeia: produtoras rurais, canais de distribuição, cooperativas, indústria e poder público possuem a presença feminina.
É o caso da Glaucy Ortiz, engenheira agrônoma e gerente de inspeção e defesa sanitária vegetal da Agência Estadual de Inspeção e Defesa Sanitária Animal e Vegetal no estado do Mato Grosso do Sul (IAGRO/MS), que relata que o apesar da convivência familiar ocorrer no âmbito das cidades, a escolha pela Agronomia foi definida após teste vocacional.
“Logo no início do curso, essa vocação já se consolidava em minha vida pois ao ter experiências com as atividades agropecuárias meu horizonte profissional se ampliava ainda mais! A profissão te oferece enorme possibilidades, como o trabalho na produção de alimentos, desenvolvimento de biotecnologias, ciências do solo, conservação ambiental, produção de fibras e energia, ensino, pesquisa e desenvolvimento de políticas públicas, quer seja no âmbito da assistência técnica ou na defesa agropecuária”, explica.
Impacto positivo e orgulho em pertencer
Ainda de acordo com Glaucy, atuar no agronegócio é um desafio prazeroso e vê com entusiasmo o aumento do número de colegas. “Quando me formei há 25 anos, eram cinco mulheres engenheiras agrônomas formando, de um total de 45 formandos, um pouco mais de 10%. Hoje, na academia e no ambiente rural as mulheres têm se destacado em número e em qualificação.”
“No setor público, no qual atuo, vejo mais mulheres em cargos de lideranças, assumindo papéis estratégicos no agronegócio tanto na construção de políticas públicas quanto no ambiente de produção privada e tudo isso é maravilhoso pois me sinto cada vez mais inspirada e com oportunidade de aprender ainda mais, com outras mulheres que tem feito diferença onde atuam”. conclui Glaucy.
Deise Nicolau, bióloga e coordenadora de Meio Ambiente da cooperativa Cotrijal, também destaca o orgulho em atuar no agro há mais de 15 anos. “O agronegócio desempenha um papel essencial no fornecimento de alimento e demais produtos tanto para a nossa população quanto para o mundo. Estar inserida no agro é motivo de orgulho. A importância do protagonismo das mulheres na agricultura decorre de suas contribuições em diferentes aspectos desse setor. Elas estão envolvidas tanto em tarefas operacionais quanto em papéis de liderança, aumentando sua presença e influência nos processos de tomada de decisão”.
Patrícia D. de Sá Rizzo, Direct Procurement da UPL, destaca o orgulho em atuar no setor, integrar o Sistema Campo Limpo, e incentiva outras mulheres. “Mesmo atuando em um segmento majoritariamente masculino, nunca experimentei preconceito. Isso me inspira ainda mais a encorajar outras mulheres a reconhecerem e explorarem seu potencial, independentemente da área ou da predominância masculina.”
“Além disso, acredito que a presença feminina no agronegócio é essencial, pois traz diversidade de ideias, métodos de trabalho e formas de gerenciamento. Essa variedade enriquece o ambiente profissional, fortalece o setor e impulsiona inovações e soluções mais abrangentes.”, finaliza Patrícia.
Rio Verde Rural
Colheita da soja sofre com condições climáticas desafiadoras em Goiás
A safra de soja está em um dos momentos mais importantes, a colheita. Em Goiás, essa prática tem sofrido atrasos devido as condições climáticas adversas, devido o alto volume de chuva. Em alguns pontos, chuvas de granizo acabaram afetando lavouras de Rio Verde, região sudoeste do estado.
Chuvas de granizo
O climatologista, professor e doutor Gilmar Oliveira explica sobre o granizo: “O granizo tem uma ocorrência em nosso estado na primavera e verão e como estamos no verão, é comum termos registro de casos. Pode ser que ainda venha acontecer chuva de granizo nos próximos dias.”
“O que influencia na intensidade desse granizo, para causar dano na lavoura ou não é a intensidade da chuva e o tamanho do granizo. Existe uma massar de ar muito fria associada a uma formação de nuvens que dá essa formação. Claro, quanto maior o granizo, mais a possibilidade de causar danos nas lavouras.” explica o climatologista.
Próximos dias
Após as explicações dadas, o professor comenta sobre os próximos dias em Goiás: “Nos próximos dias, Goiás deve ter dias nublados com poucas horas de sol e possibilidade de chuvas a qualquer momento, tanto no período da tarde quanto no período da noite. A temperatura máxima não deve passar de 30ºC, com uma umidade relativa do ar muito alta.”
Preocupação com a colheita
Essas condições atuais tem causado preocupações com a colheita, como explica Gilmar: “Isso atrapalha a colheita da soja, porque com chuva e dias nublados o grão fica com excesso de umidade, o que não é favorável para a colheita, assim como as chuvas constantes, em situações de solo argiloso como é o que predomina, isso dificulta o escoamento da produção, desde a colheita até o deslocamento do caminhão ao armazém.”
“Apesar dos desafios climáticos, previsões indicam que nas próximas semanas podemos ter uma melhora, uma diminuição das chuvas, ajudando a colheita e o escoamento da safra.” conclui o climatologista.
Rio Verde Rural
Livro “COMIGO: 50 anos de excelência, inovação e cooperação no agronegócio”
Na noite de sexta-feira, 14 de fevereiro, a Cooperativa COMIGO (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano) celebrou seus 50 anos de história com o lançamento do livro “COMIGO: 50 anos de excelência, inovação e cooperação no agronegócio”.
O evento, realizado no Salão Social da Associação Atlética COMIGO, em Rio Verde, reuniu líderes do setor agropecuário, autoridades políticas, cooperados e colaboradores, marcando um momento de celebração e reflexão sobre a trajetória transformadora da cooperativa.
Fundada em 1975 por 50 produtores rurais do Sudoeste goiano, a COMIGO se destacou por seu papel pioneiro na modernização da agropecuária regional. Ao longo das décadas, a cooperativa foi uma das grandes responsáveis pela adoção de novas tecnologias de produção e comercialização no campo goiano, com investimentos em insumos modernos, um robusto sistema armazenador e a transformação de matérias-primas.
Hoje, além de Rio Verde, a COMIGO está presente em mais de 18 municípios, com unidades de negócios que abrangem desde lojas agropecuárias até a produção de suplementos minerais e unidades armazenadoras.
O livro, que serve como um rico registro da evolução do agronegócio e da industrialização no estado de Goiás, narra a história da COMIGO e o impacto que a cooperativa teve na transformação da região.
A obra é resultado de um trabalho cuidadoso de pesquisa e levantamento de dados, realizado ao longo dos últimos anos pelo autor, Wêuller Freitas, que tem uma longa trajetória de dedicação à cooperativa.
Segundo Wêuller Freitas, a pesquisa foi feita com base em conversas com fundadores e colaboradores antigos, além de materiais históricos coletados ao longo das décadas.
A solenidade de lançamento foi marcada por discursos emocionados e gratidão a todos que contribuíram para o sucesso da COMIGO.
O presidente executivo da cooperativa, Dourivan Cruvinel, destacou as perspectivas futuras para a cooperativa, revelando planos de crescimento arrojados: “Vamos quase dobrar o faturamento da cooperativa COMIGO”, afirmou Cruvinel, apontando também para novos investimentos em Formosa, Goiás, como parte do processo de expansão e modernização da cooperativa.
Leonardo Freitas, CEO do Rio Verde Rural, ressaltou a importância da COMIGO no fortalecimento da comunicação no agronegócio: “Quero aproveitar para agradecer o apoio da cooperativa em promover sua marca na imprensa. A COMIGO tem sido uma grande incentivadora da comunicação, permitindo que as inovações e desafios do setor agropecuário cheguem a todo o Brasil”, disse Leonardo Freitas.
Antonio Chavaglia, presidente do conselho administrativo da COMIGO, enfatizou a responsabilidade e a idoneidade da cooperativa, que é reconhecida nacionalmente por sua seriedade e contribuição para o desenvolvimento de Goiás.
“Qualquer pessoa que olha para o Estado de Goiás e olha para a COMIGO reconhece o que foi realizado – mais do que sonhado”, declarou Chavaglia, evidenciando o impacto da cooperativa não só em Goiás, mas no Brasil como um todo.
Emocionado, Wêuller Freitas, autor do livro, recordou os momentos marcantes da trajetória da cooperativa, como a instalação da primeira indústria, a exportação pioneira de soja para a Europa e o reflorestamento iniciado pela COMIGO.
“São 50 anos de ousadia e inovação. A COMIGO foi responsável por muitas conquistas pioneiras, e esse livro é um tributo a todos que ajudaram a construir essa história”, afirmou Freitas, visivelmente tocado pelo trabalho realizado
Rio Verde Rural
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