Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Goiás seguem em greve há mais de 20 dias e as negociações estão sem avanços, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (Sintfesp), que representa a categoria. No último levantamento, das 50 agências que funcionam no estado, 26 aderiram à paralisação.
A greve começou no último dia 7. Os funcionários pedem um reajuste salarial de 27,5% imediato, com aumento gradual durante os próximos quatro anos. Eles também querem a revisão das gratificações produtivas, o pagamento da data-base, melhores condições de trabalho, dentre outras reivindicações.
Em Goiânia, segundo a presidente do sindicato, Terezinha de Jesus Aguiar, as sete unidades do órgão aderiram, total ou parcialmente, á greve. “Estamos atendendo mais só os casos de auxílio doença, quando o segurado sai da empresa direto para o INSS. A estimativa é que cerca de 2,5 mil pessoas estão sendo afetadas diariamente com a greve”, disse.
Ainda segundo Terezinha, apesar das constantes reuniões e discussões, ainda não houve avanço nas negociações até o momento. “É muita conversa, mas não houve nenhuma proposta ainda escrita. Só de boca a gente não quer, tem que ter algo documentado”, completou.
O INSS informou em um comunicado que quem perdeu o atendimento terá a data remarcada automaticamente. O segurado pode consultar a nova data na central de atendimento pelo telefone 135.
O INSS também informou que o órgão e o Ministério da Previdência Social "têm baseado sua relação com os servidores no respeito, no diálogo e na compreensão da importância do papel da categoria no reconhecimento dos direitos da clientela previdenciária". Por isso, "mantém as portas abertas às suas entidades representativas para a construção de uma solução que contemple os interesses de todos".
Fonte: G1 Goiás