Uma estudante de 24 anos foi detida nesta semana, suspeita colocar o filho recém-nascido morto dentro de um saco e jogar no lixo do prédio onde mora, no Setor Bueno, bairro nobre de Goiânia. Segundo delegado Murilo Gonçalves Martins, o bebê foi encontrado com um pano enrolado na cabeça. A jovem foi levada para a delegacia autuada por ocultação de cadáver, mas pagou fiança e foi liberada.

A polícia aguarda um laudo do Instituto Médico Legal (IML) para determinar se a criança, nascida no 9º mês de gestação, segundo as investigações, morreu de causas naturais ou se houve homicídio. De acordo com o delegado, não há um prazo para que esse laudo fique pronto.

O delegado afirmou ainda que a mãe foi interrogada, mas ficou em silêncio durante o depoimento. No entanto, ele conta que, em conversa informal, a mulher explicou que estava sozinha em casa quando deu a luz. "Ela disse que sentiu contrações, foi para debaixo do chuveiro, desmaiou e quando acordou a criança já estava morta", pontuou.

De acordo com a polícia, existe a suspeita de que a jovem escondia a gravidez da família, que mora em Alto Araguaia, no Mato Grosso, e que a gestação era indesejada. "Nós vamos ouvir mais testemunhas. Apuramos que ela mora com uma ou duas pessoas no apartamento e vamos intimá-las para depor", ressalta.

Ela vai responder ao processo em liberdade. Se for condenada, por pegar de 1 a 3 anos de prisão.

Surpresa
A criança foi encontrada por um funcionário do condomínio, responsável por recolhe o lixo. Segundo o porteiro do prédio, Claudeci Guedes, a jovem não parecia estar grávida. "Não dava para perceber [a gestação]. Ela tem boa estatura e não era muito magra. Parecia estar normal", disse.

O porteiro conta ainda que o fato assustou os funcionários do condomínio. "Foi muito triste. Primeiro por ser uma criança e depois pela forma como ela foi encontrada. O senhor que recolhe o lixo achou estranhou o peso do saco, apalpou e achou que fosse um animal morto, mas quando abriu viu que tinha uma criança dentro", ressalta.

Fonte : G1 Goiás/Táliton Andrade