Os professores da rede estadual de educação decidiram por unanimidade, em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (19/06), manter a greve que já dura mais de um mês. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, as propostas apresentadas pelo governo ainda não atenderam às reivindicações da categoria.

“São propostas caranguejo, ou seja, que andam para trás. Por isso a gente vai seguir com a nossa mobilização até o próximo dia 30. Em julho, os docentes entrarão em férias coletivas, como estabelece o nosso estatuto, e no próximo dia 3 de agosto, data em que as aulas deveriam ser retomadas, vamos ter uma nova assembleia para deliberar sobre os rumos do movimento”, disse a sindicalista.

A greve teve início no último dia 13 de maio. Entre as reivindicações da categoria estão o pagamento do piso dos professores de R$ 1.917, o não parcelamento dos salários, o pagamento da data-base dos administrativos e a realização de concurso público para a contratação de mais docentes.

A Secretaria de Estado de Educação Cultura e Esporte (Seduce) informou no início da semana que já propôs o reajuste de 13,01% nos salários dos professores a partir de julho deste ano. O governo afirmou, ainda, que o diálogo com os professores continua aberto para novas negociações.

A secretaria foi procurada novamente nesta manhã, mas ainda não houve um posicionamento sobre a manutenção da greve.

Nesta manhã, antes da assembleia, cerca de 100 professores protestaram e bloquearam o acesso ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, o centro administrativo do Governo de Goiás, na Praça Cívica, em Goiânia.

“A gente quis chamar a atenção da sociedade e das autoridades para a nossa situação. O ensino está sucateado e o governo não dá a mínima para os professores”, destacou Bia.

Fonte: G1 Goiás