Uma jovem de 20 anos teve as nádegas dilaceradas em Anápolis. De acordo com a Polícia Civil, o caso aconteceu em agosto passado e o principal suspeito do crime é um homem, não identificado, que teria usado uma faca para atacá-la.
A mulher segue internada no Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), onde aguarda por uma cirurgia.
Segundo o Huana, a jovem deu entrada no dia 19 de agosto, em estado grave, e ficou até o dia 11 de setembro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Agora, ela tem quadro de saúde considerado estável e segue na enfermaria, onde recebe medicação e curativos.
O Huana destacou que a paciente precisa passar por um procedimento para reconstrução das nádegas e, para isso, a assistência social da unidade está em busca de uma vaga em um hospital especializado na rede pública do estado.
A jovem já foi avaliada por dois hospitais na capital, mas nenhum assumiu o caso. A assessoria de imprensa do Huana diz que ela deve passar por uma consulta nesta semana em um novo hospital para tentar conseguir a correção.
A família mora em uma casa simples na periferia da cidade e está chocada com o caso. Tio da jovem, Aias Alves diz que espera que a sobrinha consiga a cirurgia. “Ela já foi levada para Goiânia, mas como não encontrou vaga, voltou para trás e segue aguardando. Precisamos de ajuda do hospital e do governo”, afirmou.
Agressões
Muito abalada, a jovem não quis gravar entrevista. A avó dela, a dona de casa Maria Pereira, afirma que a mulher aparecia em casa constantemente com ferimentos. “Ela sempre chegava aqui com o rosto todo machucado, mas, por enquanto, ela não quer tocar no assunto, diz que não quer falar”, relatou.
De acordo com o delegado regional de Anápolis, Álvaro Cássio dos Santos, a polícia só foi informada sobre o caso na semana passada e já sabe quem é o suposto autor. “Já foi pedida a prisão dele e, em breve, esperamos fazer a captura. Apesar disso, a jovem está com muito medo e insiste em afirmar que foi vítima de um acidente de trânsito. No entanto, pelos ferimentos, já temos indícios suficientes que comprovam a agressão”, explicou.
Segundo Santos, as investigações são conduzidas pela Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam) da cidade.
Fonte: G1 Goiás