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Um Brasil que ainda convive com o racismo

Por Marcelo Justo 30 Agosto 2014 Publicado em Brasil
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Imagem ilustrativa Imagem ilustrativa Reprodução

O recente caso de racismo contra o goleiro do Santos, Mario Lúcio Duarte Costa (o Aranha), levanta a discussão de como esse tipo de crime ainda é recorrente em um País onde mais de 50% da população se declara negra ou parda, conforme dados do IBGE.


Entre 2011 e julho deste ano, a ouvidoria da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) registrou quase 1.300 denúncias de racismo. Já uma pesquisa de opinião realizada pela Fundação Perseu Abramo, de São Paulo (SP), revela que 87% dos brasileiros reconhecem que há racismo no País. Entretanto, curiosamente, 96% não assumem que têm o preconceito. O dado revela uma característica perversa do racismo brasileiro, que é excludente, mas que também quer esconder sua lógica racista.

 

Preconceito

Professor da Pontifícia Católica de Goiás (PUC), mestre em Ciência da Religião e militante em movimentos de igualdade racial, Uene José Gomes destaca que atos de racismo estão diretamente ligados à inferioridade. “Preconceito e racismo são expressões que demarcam o sentimento de disputa por poder, onde quem afirma de modo a inferiorizar ao outro e parecer superior, ou melhor. O Brasil ainda precisa vivenciar uma etapa de consciência e percepção de si e de seu próprio povo e não apenas se satisfazer em repetir os modelos absurdos que historicamente se conhece”, afirma o professor, que foi integrante do Programa de Estudos e Extensão Afro Brasileiro (Proafro) da PUC.

 

Violência

Para a presidente do Conselho Estadual de Igualdade, Janira Sodré Mirada, o racismo contra os negros vai além das palavras. “O racismo aqui não é apenas nas ofensas verbais. Ele é visível nos dados que demonstram as desvantagens sociais da população negra no acesso aos bens de cidadania. Índices altos de desemprego, baixa renda comparativa à população branca, menor escolarização, entre outros índices que demonstram ser o Brasil um país institucionalmente racista”, alega Janira.


Em Goiás ela chama atenção para um dado alarmante, o de que em algumas regiões do Estado, de cada sete jovens mortos seis são negros. “Temos o registro de ataques a locais que cultuam os Orixás, inclusive com registro de ocorrência em delegacias de polícia. Mas esses são apenas duas das mais emblemáticas formas de racismo institucionalizado na sociedade goiana”, salienta Janira Sodré.


Fonte: Folhapress (com adaptações)

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