Cerca de 2,5 mil pessoas se reuniram nos arredores do estádio Mané Garrincha em um protesto contra a Copa do Mundo. O grupo saiu da Rodoviária do Plano Piloto por volta das 16h30 da última terça-feira (27/05) e seguiu pela via N1, bloqueando todas as seis faixas, no sentido Palácio do Buriti.
Policiais militares do Batalhão do Choque interditaram o acesso dos manifestantes ao Estádio Nacional, já na altura da Torre de TV. Eles usaram bombas de gás para dispersar os manifestantes, que fazem parte de movimentos como Comitê Popular contra a Copa do Mundo, o Juntos, e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Também estiveram na manifestação os Ãndios que fizeram parte de protestos na Praça dos Três Poderes nesta manhã.
Um grupo de manifestantes jogou restos do material da obra das ciclovias contra os militares. Um policial da cavalaria foi atingido por uma flecha na perna, lançada por Ãndios. Segundo a PolÃcia Civil, duas pessoas foram detidas e encaminhadas à Delegacia de PolÃcia Especializada (DPE), entre elas, um homem que jogava pedras contra um ônibus.
Com o acesso ao Eixo Monumental bloqueado pelos manifestantes, alguns motoristas que já estavam na via tiveram que retornar de ré para não entraram no protesto. Alguns abandonaram os carros e fugiram pelo gramado central. O trânsito no Eixo Monumental provocou reflexos nas pistas do Anexo dos Ministérios. O engarrafamento foi desde o Congresso Nacional até o cruzamento com a W3.
O protesto começou de forma pacÃfica, com a participação de crianças segurando faixas e cartazes, mas depois o cenário foi mudando e algumas crianças firam vistas correndo, e chorando com seus pais e dentro de ônibus com a mão no rosto, na tentativa de não respirar os gases lançados durante o confronto.
Fonte: Correio Braziliense, com informações de Saulo Araújo, Adriana Bernardes, Ariadne Sakkis, Isa Stacciarini, Kelly Almeida, Thais Paranhos e Matheus Teixeira.