As buscas pelo acusado Evanderli de Oliveira Lima continuam após três dias do assassinato da juíza Glauciane Chaves de Melo (Clique aqui e relembre). De acordo com o comandante Regional da Polícia Militar, coronel Walter Silveira, foi descartada a ideia de que ele estaria na mata onde as buscas se concentravam, já que não há indícios de que ele possa estar ainda no local.

O coronel Walter afirmou que a procura pelo suspeito continua, só que agora com um número menor de policiais. “As buscas seguem, assim como as barreiras policiais, só que com um efetivo menor. Parte dos policias da Força Tática que estavam na cidade retornaram a Rondonópolis”, diz o comandante.

O capitão Cândido da Força Tática da Polícia Militar continua em Alto Taquari comandando o agrupamento e afirmou que as buscas perduram às 24h, “estamos acompanhando as batidas na mata”, afirma.

Juíza é enterrada em Contagem, na Grande BH



O corpo da juíza Glauciane Chaves de Melo, de 42 anos, foi enterrado na manhã deste domingo (9) no Parque Renascer - Cemitério e Crematório, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O primeiro marido da juíza, Daniel Coelho, falou que o sentimento da família é de consternação, mas que eles acreditam na Justiça. "A família está consternada. A dor é dilacerante. Mas a família acredita no Poder Judiciário Brasileiro e tem a consciência de que a misericórdia divina existe", disse. Ele acompanhou o velório junto aos parentes da vítima.

O promotor João Batista de Oliveira, que acompanha a investigação em Alto Taquari disse que ela era ameaçada pelo ex há pelo menos três meses. Apesar da confirmação das ameaças, não existe nenhum registro formal contra o ex-marido por parte da juíza.

O casal estava separado há seis meses e a Polícia Civil trabalha com a hipótese de crime passional pelo fato do ex-marido não aceitar o fim do relacionamento. Eles eram de Minas Gerais e foram para Mato Grosso no último ano, quando a magistrada foi empossada no cargo. O ex-marido trabalhava como enfermeiro na cidade.

A perita criminal Sandra Rambo relatou que a magistrada foi atingida por dois tiros na parte de trás da cabeça e o corpo estava caído próximo a porta do gabinete. A cena do crime, segundo a polícia, leva a crer que a vítima teria tentado deixar a sala, quando recebeu os disparos.

A juíza chegou a ser levada para um hospital da cidade. Contudo, ainda não há informações sobre o que teria motivado a discussão do casal. Após o crime, o suspeito fugiu a pé. A arma que teria sido usada, um revólver calibre 38, foi encontrada pelos policiais em um canteiro, em frente ao fórum da cidade, ainda na sexta-feira.

Prisão decretada
O  juiz Pedro Davi Benetti, que atua na Segunda Vara de Alto Araguaia, a 426 km da capital, e passou a responder pelo Fórum de Alto Taquari, decretou a prisão preventiva do suspeito. De acordo com a decisão do magistrado, há indícios suficientes de autoria e materialidade do crime por parte do suspeito. Ressalta também, que a medida é necessária para a manutenção da garantia da ordem pública que foi abalada pela gravidade da ocorrência.

Fonte e fotos: agoramt.com.br/G1 Minas Gerais
Adaptações: Rádio Eldorado/Eduardo Candido