A Polícia Civil apresentou os sete presos suspeitos de integrar quadrilha que furtava e adulterava leite em Morrinhos, na região sul de Goiás, na tarde de segunda-feira (20). Confome a investigação, eles roubaram 700 mil litros de leite em sete meses, pois eram mais de três mil litros desviados todos os dias. Os policiais também apreenderam sete caminhões e duas caminhonetes, que estavam na fazenda do líder do grupo, de 48 anos.

O delegado responsável pelo caso, Rilmo Braga, afirmou que os suspeitos devem permanecer presos. "Eles já foram indiciados por formação de quadrilha, furtos continuados há meses, quem sabe há anos, e,  inclusive, por crimes de adulteração de produtos alimentícios", declarou. O chefe do grupo também foi indiciado por porte ilegal de armas, já que estava com um revólver calibre 32.

Rilmo Braga contou que as investigações começaram a partir de uma denúncia do Sindicato das indústrias de laticínios do estado de Goiás (Sindleite). "Eles nos informaram que quadrilhas no sul do estado estavam subtraindo leite das cooperativas",informou.

De acordo com o delegado, o chefe da quadrilha furtava cerca de 15% do leite que ele ou os outros motoristas trasportavam de associações. "Cálculos preliminares apontam que o prejuízo para os cooperados era de aproximadamente R$ 60 mil mensais", afirmou Rilmo Braga.

Após o roubo do leite, o produto era levado para a fazenda do líder do grupo, na região de Buriti Alegre. No local, eles faziam a adulteração, adicionando água, sal e açúcar. A mistura era armazenada em péssimas condições de higiene, em meio a insetos como baratas. De acordo com a polícia, o leite adulterado era vendido para laticínios clandestinos, também em Goiás.

Além dos veículos, a Polícia Civil apreendeu na fazenda mais 1,5 mil litros de leite adulterado, 700 kg de açúcar, 75 kg de sal.

Fonte: G1 Goiás