A morte de Aderson Rodrigues Lima, de 47 anos, em uma cela do Centro de Inserção Social de Jataí, trata-se de um homicídio, informou ao G1 neste domingo (10) o delegado regional André Fernandes, descartando um suposto suicídio. O homem, preso na sexta-feira (8) por sequestrar de um menino de 3 anos, foi encontrado morto no início da tarde desse sábado (9).
O sequestrador estava em uma cela com mais 18 presos. Os colegas de carceragem chamaram os agentes penitenciários quando ele já estava morto e apresentaram a tese de suicídio. Mas, de acordo com o delegado, com base em informações preliminares da perícia, ele tinha sinais de agressões, como uma forte pancada na cabeça e um pequeno corte no pescoço.
O corpo de Aderson estava pendurado em uma viga, amarrado por uma corda de tecido no pescoço, relatou a polícia. "Vamos instaurar um inquérito para investigar o homicídio", assegurou André Fernandes.
Desde sábado, a versão apresentada pelos presos levantou suspeitas. “É muito estranho que ninguém tenha visto Aderson se matar, pois havia outras 18 pessoas em uma cela pequena”, disse ao G1, no sábado, a delegada Paula Daniela Ruza.
A assessoria da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep) afirmou ao G1 que espera o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para se pronunciar. Informou também que, paralelamente ao trabalho da perícia, abriu uma sindicância para apurar os fatos e, caso a tese de suicídio não seja comprovada, tomará as providências cabíveis.
O laudo da perícia só deve ser divulgado em dez dias. Enquanto isso, na próxima quarta-feira (13), a delegada Paula Ruza vai interrogar os detentos que estavam na cela com a vítima.
O corpo de Anderson está no IML da cidade. A Polícia Civil não conseguiu entrar em contato com nenhum parente dele, que é natural de Posse, na região norte de Goiás. A delegada informou que, recentemente, ele teria fugido de uma clínica de reabilitação de Jataí, pois era usuário de drogas.
Fonte: G1 Goiás