Para aumentar o isolamento dos reeducandos dentro das unidades prisionais a Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep) vai adquirir um modelo de bloqueador de celular de tecnologia israelense. O aparelho de última geração possibilita a localização exata dos celulares em uso, a identificação dos telefones, o bloqueio de sinal e permite delimitar a área bloqueada, sem prejudicar a população vizinha. Atualmente, o perímetro do Núcleo de Custódia, unidade de segurança máxima do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia que abriga 70 presos, possui bloqueio total de celulares e outras duas unidades prisionais do interior (Jataí e Catalão).
O presidente da Agência, Edemundo Dias (foto), explica que o bloqueador israelense difere dos já existentes em Goiás. O Estado possui 42 bloqueadores, parte deles instalados na Penitenciária Odenir Guimarães, Casa de Prisão Provisória (CPP) e no Núcleo de Custódia. Nestas duas primeiras unidades o sistema ainda está sendo testado. Isso porque, o bloqueio do sinal nestas áreas tem afetado as regiões residenciais de Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. A Agsep tem discutido junto a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e operadoras de celulares alternativas para que esse bloqueio não prejudique a população comum.
Com o uso do bloqueador israelense, juntamente com os existentes, será possível delimitar a área de abrangência do aparelho, sem prejudicar os vizinhos do Complexo Prisional. Atualmente somente os presídios federais possuem essa tecnologia. Caso haja algum celular ligado dentro de uma cela, por exemplo, o sistema detecta onde está o telefone, otimizando assim, as buscas no presídio.
O novo bloqueador permite ainda liberar determinados números de celulares para que continuem funcionando, sem prejudicar a administração prisional. O aparelho é móvel e poderá ser utilizado nas 80 unidades prisionais goianas. “Isso para nós é muito importante, porque vai resolver o problema em todo o Estado de Goiás. A previsão é que até o final do ano isso comece a funcionar”, argumenta Edemundo. Para a aquisição dos bloqueadores já existentes foram gastos R$ 80 mil e nesse novo modelo será investido cerca de R$ 2 milhões em todo o projeto.
