A Rádio Eldorado de Mineiros (AM 790) completa hoje, dia 1º de outubro de 2012, 33 anos de sua fundação. A emissora, fundada em 1º de outubro de 1979, sempre primou pela ética, imparcialidade, seriedade e profissionalismo, sendo exemplo de referências da radiodifusão goiana e brasileira.

Antonio Carlos Paniago foi o responsável direto pelo projeto de implantação da Radio Eldorado, sendo, inclusive, o seu Diretor Presidente durante 11 dias. Este breve período deve-se ao fato de que a emissora foi oficialmente fundada no dia 1º de outubro de 1979 e ele veio a falecer prematuramente em trágico acidente aéreo, em 14 de outubro, às 15h27min no município de Itarumã, estado de Minas Gerais (MG).

A Rádio Eldorado foi a primeira emissora de rádio a se instalar no município de Mineiros, sendo uma das mais antigas de todo o sudoeste goiano. A data de hoje é de muita alegria por parte de toda a sociedade mineirense, já que a história da emissora se mistura à gloriosa história do município de Mineiros e, consequentemente, a história da radiodifusão.

A permanente reinvenção do rádio
Um velho companheiro de milhões de brasileiros completou 90 anos. A 7 de setembro de 1922, um discurso do presidente Epitácio Pessoa, em comemoração ao centenário da independência, marcaria a primeira transmissão oficial de rádio no Brasil. Com equipamentos trazidos especialmente dos EUA, o lançamento no Teatro Municipal do Rio de Janeiro teve um caráter experimental.

A história do rádio no País começara, na verdade, em 1893, quando o sacerdote e cientista gaúcho Landell de Moura transmitiu um sinal de voz a distância, sem auxílio de fio, antecipando-se ao italiano Guglielmo Marconi, considerado no mundo o inventor do rádio.

A primeira emissora, Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, só iria surgir em 1923, pela perseverança do médico e professor Roquette Pinto. Desde então, o rádio viveu tempos de dificuldades e de glórias. Nos anos 1920 e 1930, iniciam as concessões de canais e a publicidade. O radiojornalismo, com o Repórter Esso, a radionovela e os programas de auditório embalam os anos 1940. Com a transmissão via satélite, na década de 1960, o rádio dá um salto tecnológico. A radiodifusão se organiza para criar a Abert, entidade que hoje representa três mil emissoras no País.

Chegam os anos 1970 e 1980, com o advento das emissoras FM. E na década seguinte nasce o jornalismo 24 horas e são dados os primeiros passos na internet. Os anos 2000 tornam frenético o ritmo da inovação tecnológica. Os meios se digitalizam e a Abert busca o melhor padrão para o rádio brasileiro.

Em nove décadas, pela voz de milhares de comunicadores, o rádio acompanhou as transformações do País, contribuindo nos campos econômico, social, político, cultural e educacional. Entretanto, não foram poucas as vezes que se anunciou a morte do rádio, a cada nova mídia que surgia. Mas ele provou sua força, adaptou-se e valorizou atributos como instantaneidade, mobilidade e proximidade com o cidadão.

Hoje, o rádio está presente em nove de cada dez domicílios, é ouvido em celulares, Ipods e tablets. Mas ainda há questões relevantes a resolver. Uma delas é a flexibilização do programa A Voz do Brasil, que tem a sua importância, mas não pode ser uma imposição à sociedade. Outra é a digitalização do rádio. E uma terceira é a migração das rádios AM, afetadas por interferências crescentes, para a faixa de FM.

Enfim, aproveitando o 25 de setembro, Dia do Rádio, homenageamos com entusiasmo este meio de comunicação que rejuvenesce e se reinventa, capacitando-se a contribuir sempre para valorizar a cultura nacional, fortificar a cidadania e consolidar a democracia.

Fonte: A permanente reinvenção do rádio, por Daniel Pimentel Slaviero/Administrador de empresas e presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão

Em breve, a permanente reinvenção da Rádio Eldorado...

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