A direção do Parque Nacional das Emas, em Mineiros, recebeu denúncias sobre o possível envolvimento de policiais militares na caça predatória de animas da região.
“A gente apurou essa situação, policiais caçando aqui, isso é um agravante porque essas pessoas têm de estar a serviço da lei e não praticando crimes ambientais. Abateram animais com mais de 500 metros de distância, ou seja, estavam com armas fuzis, de grosso calibre, o que nos deixa ainda mais preocupados com uso desse tipo de arma aqui”, relata o diretor do parque Marcos Cunha.
Segundo a direção, ao todo sete animais foram abatidos. Os caçadores retiraram a pele e levaram a carne dos bichos. “Está sendo um verdadeiro massacre, esses animais são únicos, alguns são ameaçados de extinção”, diz Marcos.
Para tentar inibir a ação dos criminosos os fiscais fazem rondas de carro e até mesmo a pé no meio do mato. O desafio é fiscalizar os 132 mil hectares da reserva. Em torno do parque existem várias estradas de terra onde é livre o tráfego de pessoas e carros. O problema é que os animais tem o hábito de sair da reserva para procurar alimentos em outros locais e do lado de fora eles se tornam alvos fáceis. De acordo com as denúncias, os caçadores usam armas de grosso calibre e agem até mesmo durante o dia.
O comando da Polícia Militar da cidade de Mineiros abriu um procedimento interno para investigar o possível envolvimento de policiais.
“A Polícia Militar não coaduna com este tipo de prática, com este tipo de comportamento, uma vez comprovada a participação dos policiais nessas irregularidades e comprovada procedentes essas denúncias eles serão penalizados conforme preconiza a nossa legislação vigente”, afirma o capitão Carlos Ailton de Oliveira, comandante da 7ª CIPM.
A Polícia Federal deve investigar o caso.
Fonte: G1 Goiás