As garrafas de águas doadas por empresários de Piranhas, em Goiás, aos moradores do Rio Grande do Sul (RS) receberam um destino diferente do esperado. Isso porque o homem responsável pelas entregas, identificado como Guilherme Ferreira, de 47 anos, estava tentando vender os materiais doados para obter lucros.

Conforme apurado pelo Fantástico, o suspeito recebeu os conteúdos de um grupo de comerciantes e produtores do município do interior do estado e estaria tentando vender os itens em Canoas, no RS, uma das localidades afetadas pelas enchentes e onde o suspeito mora desde 2023.

Segundo a denúncia, uma dona de uma distribuidora de água da cidade teria recebido uma proposta do homem para comprar os itens, quando foi surpreendida com a revelação de que os conteúdos eram provenientes de doações.

“Comecei a instigar para ter certeza mesmo que era de doação e fiquei chocada. Imagina, vendendo água de doação, que era para ajudar o povo”, afirma.

Uma equipe de reportagem do Fantástico fingiu ter interesse em comprar as águas de Guilherme e marcou um encontro com o homem, por meio de um repórter da RBS TV, filiada da Rede Globo no RS.

Questionado sobre a venda dos itens, ele afirmou saber que a ação era crime, mas, ao notar que se tratava de jornalistas, ele se revolta, parte para cima do repórter e derruba a câmera dele.

“Admito que isso é um crime. Eu preciso desocupar o galpão, o caminhão não é meu, eu preciso pagá-lo”, justificou momentos antes das agressões.

Após o caso, a Polícia Civil (PC) do RS foi notificada sobre o fato. Ele chegou a comparecer em uma delegacia, onde foi ouvido e liberado.

Já as garrafas de águas que estavam sob a posse dele foram distribuídas em um centro da prefeitura do município.

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