O Janeiro Branco é uma campanha global, iniciada em 2014, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a saúde mental.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental pode ser considerada um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, possibilitando-o desenvolver suas habilidades pessoais para enfrentar os desafios da vida e contribuir para o bem-estar da comunidade.
Muitas vezes, quando se está passando por dificuldades em relação à saúde mental, há o risco de desenvolvimento de algumas patologias de ordem mental, inclusive adquirir tendências suicidas.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasil de Segurança Pública, houve o registro de 16.262 mil suicídios no Brasil, em 2022. Os dados de 2023 ainda não foram divulgados, porém, os números crescem a cada ano.
Nos casos de suicídio, a vítima pode chegar ao hospital em estado grave, mas com chances de sobrevida. |
Quais são os procedimentos necessários que a instituição de saúde precisa adotar nesses casos?
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Ariadine Oliveira, Coordenadora de Contas Estratégicas da Quality Global Alliance (QGA), cita algumas etapas fundamentais que um serviço hospitalar deve adotar receber uma vítima de tentativa de suicídio:
avaliação inicial e estabilização do paciente;
acolhimento e escuta do paciente, familiares ou responsáveis;
suporte interdisciplinar e avaliação psiquiátrica;
comunicação e apoio à família ou responsáveis;
elaboração de um plano terapêutico com a identificação de riscos do cuidado;
acompanhamento pós-alta e encaminhamento para tratamento em local especializado;
registro e notificação dos casos de tentativa de autoextermínio. |
“É importante destacar que a abordagem humanizada e empática é crucial em todas as etapas do atendimento. Além disso, a confidencialidade e o respeito aos direitos do paciente devem ser sempre priorizados”, afirma a coordenadora.
Vale ressaltar que durante uma internação para tratamento em saúde, de forma geral, é possível que o paciente apresente um potencial risco para suicídio e necessite de ações para sua mitigação.
Nesses casos, cabe à instituição de saúde atuar de forma proativa. De acordo com Oliveira, é possível determinar os riscos imediatos, a partir de uma avaliação minuciosa:
“A avaliação dos riscos devem incluir a identificação suicida ativa, o histórico de saúde mental do paciente e seus recursos de enfrentamento, entre outros.
As precauções podem incluir a remoção de objetos perigosos do ambiente do paciente, a designação de um observador constante para monitorar o paciente e, em alguns casos, a consideração de medidas como internação psiquiátrica”, finaliza Ariadine.
Promover a saúde mental de forma humanizada na saúde envolve oferecer cuidados sensíveis, respeitosos e individualizados. Isso inclui a escuta ativa, o estímulo ao autocuidado, a redução do estigma; a promoção de ambientes acolhedores, a colaboração interdisciplinar e o acesso equitativo a serviços de qualidade.
Uma abordagem centrada na pessoa reconhece a singularidade de cada indivíduo, priorizando a empatia e a compreensão para promover uma saúde mental integral e inclusiva.
Leonardo Vassoler |
Janeiro Branco: Hospitais Possuem Estratégias Para Evitar SuicÃdio Devido A Problemas Com Saúde Mental
Por Jonas Paislandy 24 Janeiro 2024 Publicado em Saúde
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