Na segunda-feira (23), uma nova carta anônima foi enviada à imprensa reafirmando a existência de um grupo de extermínio na Polícia Militar de Goiás. Porém, desta vez o denunciante se identifica como PM com 20 anos na corporação. Ele denuncia que diversos militares teriam sido promovidos por terem matado pessoas a mando de oficiais de várias patentes. Entre as vítimas, segundo a denúncia, estariam sete policiais militares.
As promoções e graduações, acrescenta, aconteciam de um dia para o outro. Na carta, três oficiais são citados como responsáveis pelos assassinatos dos PMs. “Policiais dormiam soldados e acordavam sargentos”, diz um dos trechos.
De acordo com ele, os militares que supostamente faziam parte do grupo de extermínio se beneficiariam da estrutura da PM para cometer homicídios. A carta ainda lista nomes de policiais civis e militares que estariam marcados para morrer.
O secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado Neto, argumenta que a carta não diz a verdade. “Eu não acredito nessa denúncia. Eu tenho total confiança nos comandantes das polícias Civil e Militar. O que estamos tendo é uma carta que se refere a fatos que já foram investigados durante um ano na Operação Sexto Mandamento pela Polícia Federal e também pela Comissão de Defesa da Cidadania”, alega o secretário.
Entretanto, ele não descarta a possibilidade de investigar as denúncias. “Não estou dizendo que nessa carta não haja verdade, mas tratamos denúncias anônimas com ressalva. A Constituição e o Estado vetam o anonimato, pois as pessoas que desejam fazer denúncias desta gravidade são protegidas. Porém, esses fatos serão investigados”, afirma João Furtado Neto. Ele acrescenta: “Mas quero ressaltar que a Secretaria de Segurança Pública de Goiás não será pautada por denuncismo anônimo”.
Fonte: G1 Goiás