Para a economia, JUROS ALTOS por um período muito prolongado de tempo acabam sendo nocivo à atividade produtiva.
Por que o dinheiro mais caro impacta negativamente a atividade empresarial, e para o TRABALHADOR pode gerar redução na renda, desemprego, e levar o país a uma recessão em determinadas situações.
Um dos proposito do arcabouço fiscal ora em discussão no Congresso Nacional (Câmara e Senado Federal) é estabelecer formas de controle da dívida pública.
Imagine que os gastos de um país cresçam em uma proporção superior ao PIB (Produto Interno Bruto), e o governo não dê nenhuma sinalização de que possam ser controladas, pode despertar insegurança frente aos credores, pois quando se gasta acima da geração de riqueza, teoricamente o risco de calote é maior.
Aí está o nó da política monetária atual e o cabo de guerra entre o Banco central, o Governo e setores do empresariado que espera a redução da Taxa de Juros no Brasil dos atuais SELIC 13,75%aa, uma vez que a média da inflação projetada pelo mercado e órgãos de controle é de máximo 5,5%aa para 2023.
Uma das consequências dos juros altos para a economia é o encarecimento do crédito, cujo efeito de imediato é a contração da atividade econômica pois diminuem a disposição de se investir no setor produtivo do país direcionando os recursos financeiros para a especulação, a moeda se desvaloriza pressiona o aumento na inflação e consequentemente, prejudica o crescimento da economia e o poder aquisitivo da população.
Quando a taxa de juros fixada pelo Banco Central não é bem calibrada engessa o crescimento e o desenvolvimento econômico do país.
O novo Arcabouço Fiscal contribuirá para superar este entrave, pois propõe uma política fiscal mais flexível e que atenda o mercado e as demandas primarias da sociedade.
Uma economia desaquecida provoca retração no consumo e desemprego. É nesse contexto que entra a política econômica anticíclica, que permite ao governo gastar mais com estimulo para impulsionar a economia, mantendo o fluxo de bens e dinheiro em circulação.
Esperamos uma queda acentuada na taxa de juros para os próximos meses, e o Arcabouço Fiscal proposto equilibre os interesses de todos segmentos, principalmente os setores mais sensíveis e vulneráveis da sociedade e a economia volte a crescer acima de 2.0%aa.
Eco. Nilvan Domingos Barbosa