A pé, de ônibus ou de carro de boi, fiéis saíram de várias partes do país e do interior de Goiás para ir à Festa do Divino Pai Eterno, em Trindade, na Região Metropolitana da capital. Um relato é comum entre essas pessoas, elas foram movidas pela devoção. De Rio Verde, um morador caminhou 8 dias até a capital da fé.

“Meu filho ficou 15 dias na UTI e antes dele conseguir se salvar eu pedi ao Divino Pai Eterno pra ajudar e se eu alcançasse esse propósito eu ia vir agradecer pessoalmente a pé”, disse Fábio, emocionado.

A festa começou neste final de semana e, segundo a prefeitura, deve reunir cerca de 3 milhões de fiéis até o dia 2 de julho. A família da dona de casa Alice Teruko saiu de Bauru, no interior de São Paulo, e viajou 14 horas para chegar à Trindade e, questionada sobre o porquê, ela não pensou duas vezes para responder.

“Pela fé que temos no Divino Pai Eterno”, disse emocionada.

“Se eu fosse falar, ficaria quase a manhã inteira, muitas, muitas bençãos”, completou Francisca Maria.

Até crianças

E não são apenas os adultos que se dedicam à festa do Divino Pai Eterno. Acompanhados das tias, dois irmãos foram a pé de Goiânia a Trindade, um percurso de 18 km.

“É a segunda vez, a primeira vez foi bem cansativa, mas dessa vez foi mais fácil”, disse Linda Barcelos, de 11 anos.

Caminhada da fé

Outro grupo também já fez o trajeto da capital até Trindade na última sexta-feira (23). 400 policiais civis formaram a “Caminhada da Fé” e andaram cerca de quatro horas. Segundo a organização, foi o maior número de participantes na caminhada desde a criação.

Suporte e atenção

E para ajudar os fiéis, barracas funcionam 24 horas por dia. Em um dos trechos antes de Trindade, a assistente administrativo Luciana de Oliveira instalou uma barraca para dar suporte gratuito aos pedestres.

“Nós temos pão com carne, salsicha, rosca, almoço, água [...] por 10 dias e 10 noites. Tudo de graça, por conta do Pai Eterno”, contou Luciana.

“É uma maravilha, ainda mais depois de um pedal e uma subidinha, tomar um cafézinho e comer um bolinho é só o ouro’, falou Adenides Pereira, que foi à Trindade de bicicleta.

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