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PF descobre documento que liga Torres aos bloqueios da PRF no 2° turno

Por Lucas Silva 03 Abril 2023 Publicado em Estado
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As investigações da Polícia Federal revelaram um documento de inteligência produzido pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que continha um mapa detalhado dos locais onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu o primeiro turno das eleições de 2022. O objetivo do documento era impedir que os eleitores dessas regiões votassem na segunda etapa do pleito. O relatório foi elaborado pela delegada federal Marília Alencar, então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que posteriormente se juntou a Torres na Secretaria de Segurança do Distrito Federal como subsecretária de Inteligência.

 

A informação foi divulgada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Correio Braziliense. A suspeita dos investigadores é de que o ex-ministro tenha utilizado o material para colocar em prática um plano para atrapalhar a votação, autorizando a operação da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno da corrida presidencial. Eleitores de municípios do Nordeste, onde Lula teve mais votos do que Jair Bolsonaro, usaram as redes sociais para denunciar ações da PRF, nas estradas da região, para retardar o trânsito rumo às zonas de votação. A PF abriu um inquérito para investigar a atuação do então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, no caso.

 

A situação de Anderson Torres se complica ainda mais com o avanço das investigações. Ele está preso desde os atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília, e a PF encontrou a minuta golpista em sua casa. O documento defendia a decretação de Estado de Defesa no TSE para mudar o resultado da eleição presidencial e dar a vitória a Bolsonaro.

 

Dossiê

 

Citada na investigação sobre a elaboração de um golpe de Estado, Marília Alencar chefiou a Diretoria de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, durante o governo Bolsonaro. Em 2020, ela elaborou o chamado “dossiê antifascista”, com informações sobre servidores identificados críticos às ideias de Bolsonaro.

 

O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os integrantes da Corte consideraram o dossiê um “desvio de finalidade no uso da máquina pública para produção e compartilhamento de informações” sobre servidores que se opunham ao governo Bolsonaro. À época, o Ministério da Justiça tinha à frente o hoje ministro do STF André Mendonça.

 

Marília foi convocada a depor na CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Questionada sobre suas simpatias pelo ex-presidente, ela negou que seja bolsonarista.

 

“Não me considero nada. Tenho meu voto, que é secreto. As minhas convicções políticas não interferem no meu trabalho e não estão em questão”, argumentou.

 

Em janeiro, a delegada já tinha sido ouvida pela PF. O deputado distrital Chico Vigilante (PT), presidente da CPI, destaca a ligação de Marília com Torres. “Ela fazia parte da equipe desde o Ministério da Justiça. Portanto, para mim, está claro, pelo que tem surgido de matérias e outras informações, que eles tentaram atrapalhar as eleições, planejaram dificultar a chegada dos eleitores nas urnas. E, depois, quando falharam nesse objetivo, se aliaram para dar um golpe”.

 

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