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Brasileiros inadimplentes devem, em média, R$ 3,5 mil, diz pesquisa

Por Lucas Silva 23 Agosto 2022 Publicado em Brasil
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Em consonância aos dados publicados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) publicaram uma pesquisa mostrando que, a cada dez brasileiros, quatro estão inadimplentes (38%). Em números absolutos, é a situação de 62 milhões de pessoas no país hoje.

 

Pior do que isso é o alto valor das dívidas: a média é de R$ 3,5 mil reais por cada inadimplente, segundo os dados. “Os preços continuam subindo e os itens básicos têm ocupado mais espaço no orçamento das famílias, com isso, as outras contas acabam ficando para segundo plano”, explicou o presidente da CNDL, José César da Costa.

 

Os dados ainda mostram que a inadimplência subiu significativamente em relação ao mesmo mês do ano passado, ainda em meio a um cenário mais grave da crise da covid-19. A alta em junho de 2022 é de 12,7% na comparação com junho de 2021. A maior parte dessas dívidas não pagas é com bancos e instituições financeiras (24%).

 

“O Banco Central tem atuado para diminuir a inflação, mas os efeitos ainda não foram sentidos no bolso da população que acumula dívidas dos últimos dois anos de crise. É importante que o consumidor tente negociar seus débitos, principalmente com os bancos que normalmente cobram taxas mais altas pelos atrasos”, aconselhou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

 

Na contramão, setores como o da comunicação tiveram quedas significativas no número de inadimplentes. Neste caso, a retração foi de 10,8%. Isso se explica, em primeiro lugar, pelos valores mais baixos das contas atrasadas, mas também pelo trabalho que as companhias de telecomunicações fazem para garantir seus débitos. Na Claro negociar dívidas é um dos objetivos principais das centrais de atendimento, por exemplo.

 

São Paulo puxa o trem

 

O fenômeno do endividamento é puxado, sobretudo, pela situação de São Paulo. A cidade registrou um recorde de famílias nessa situação — quando há contas a pagar, mas ainda não vencidas — em julho: 75,4%. Foi o patamar mais alto nível da série histórica da entidade, iniciada em janeiro de 2010.

 

Em números absolutos, são 3 milhões de paulistanos com algum tipo de dívida, o que representa 393 mil lares nessa condição. 

 

“As principais causas são a junção de dívidas em cartão de crédito que é um dos maiores vilões do endividamento principalmente com as compras parceladas, onde parte da renda fica comprometida meses à frente devida a grande parte dos usuários não realizarem o pagamento na data prevista gerando juros elevados. Os juros incidentes sobre o pagamento postergado acabam por tornar muitas vezes uma dívida impagável”, analisou Teresinha de Carvalho, professora de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP) ao portal FDR.

 

Por outro lado, a inadimplência se manteve praticamente estável: de 23% para 23,2% (929,8 mil famílias). O mesmo aconteceu com o número daquelas que declararam que não conseguiriam pagar a dívida em atraso: de 10,7% para 10,8%. Apesar da estabilização, o patamar de inadimplentes ainda se mantém próximo ao recorde da série histórica.

 

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