O juiz Pedro Henrique Guarda Dias acatou o pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO) em seis ações e decidiu, liminarmente, bloquear R$ 25 milhões em bens de seis investigados por improbidade administrativa – na contratação irregular de servidores – para ressarcir os cofres públicos de cidades do nordeste de Goiás.
As decisões foram tomadas em face dos prefeitos: Iolanda Holiceni Moreira dos Santos, de Alvorada do Norte; Joaquim Barbosa Filho, de Mambaí; Weber Reis Lacerda, de Sítio D’Abadia; Ademar Antônio da Silva, de Simolândia; Gilmar José Ferreira, de Damianópolis; e Ana Paula Soares Dourado, de Buritinópolis.
À época, o MP informou que diversas pessoas foram contratadas para prestar serviços públicos de forma permanente (como servidores efetivos), nos últimos quatro anos.
Contudo, não houve concurso público nestes municípios.
Segundo o Ministério Público, a escolha era feita pelos gestores, favorecendo somente apoiadores políticos.
Os cargos eram os mais diversos, como garis, psicólogos, dentistas, enfermeiros, etc.
Ainda de acordo com o MP, os investigados lançavam despesas em áreas diferentes de “despesa com pessoal”, para realizar o disfarce.
Responsável pelas ações, o promotor Douglas Chegury disse ao Mais Goiás que o valor bloqueado de cada gestor varia de acordo com o número de prestadores de serviço contratado.
De acordo com ele, os bloqueios foram feitos nas contas pessoais de cada um.
“Com o bloqueio de bens o patrimônio público está garantido. Se eles foram condenados, o dinheiro volta para o município”, explicou ele que cada um responde pessoalmente com os próprios bens.
As decisões, vale destacar, foram emitidas na terça (1º), mas disponibilizadas nesta quarta-feira (2).
Fonte: Mais Goiás