Mesmo antes das eleições, vários textos do Jornal Opção mostraram a capacidade de articulação do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
Registrou-se que, embora se mantivesse atento à gestão da máquina pública, o líder do partido Democratas fazia política com habilidade, articulando em todo o Estado.
Manteve as alianças anteriores e agregou novos líderes e grupos políticos.
Poderia ter se enclausurado no Palácio das Esmeraldas, movendo as peças do xadrez de lá — e havia até um motivo basilar para justificar o insulamento, a pandemia do novo coronavírus, que já ceifou 168 mil vidas em todo o Brasil.
Mas optou por dialogar com os aliados de maneira direta, inclusive visitando várias cidades, não raro, mais de uma vez.
Em 2018, Ronaldo Caiado disputou o governo do Estado — era a sua campanha.
Em 2020, como “general” eleitoral, mostrou que sabe operar politicamente, ao reformatar sua base política, ampliando-a.
Portanto, deve ser considerado como o grande vitorioso da disputa eleitoral deste ano — sobretudo porque ficou patente que é um operador político de primeira linha.
A base de Ronaldo Caiado elegeu 132 prefeitos e só o Democratas terá, a partir de janeiro de 2021, o controle de 62 municípios.
A conta não está, claro, errada.
É precisa.
Mas há prefeitos eleitos que, mesmo estando filiados a partidos de oposição, são aliados do governador.
Um deles é Pábio Mossoró, o prefeito reeleito de Valparaíso de Goiás, município do Entorno de Brasília.
Fonte: Jornal Opção