O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), atendeu pedido do TRE-AP (Tribunal Regional Eleitoral do Amapá) e adiou a eleições municipais em Macapá.
Nos demais municípios do Amapá, a votação ocorrerá normalmente.
Quatorze das 16 cidades do Estado estão sem eletricidade desde 3 de novembro, quando uma tempestade causou 1 incêndio em uma subestação de Macapá.
Dois dos 3 transformadores existentes foram danificados. O 3º está em manutenção desde dezembro de 2019.
Na decisão, Barroso definiu que a votação só poderá ser realizada depois do restabelecimento do fornecimento de energia.
A nova data será decidida em conjunto por TSE e TRE-AP.
O magistrado também determinou a retirada das urnas da cidade.
O presidente do TSE disse que o relato feito pelo TRE-AP “retrata situação que permite concluir que, na capital, Macapá, não há segurança adequada para a realização das eleições”.
Barroso lembrou que o artigo 187 do Código Eleitoral prevê a possibilidade de adiamento por razões excepcionais e afirmou que postergar a data não reabre quaisquer outros prazos do processo eleitoral.
Segundo o ministro, informações de outros órgãos, como Polícia Federal e Abin (Agência Brasileira de Inteligência), mostraram “consenso acerca dos riscos da realização das eleições neste domingo”.
“Fatos extraordinários e imprevisíveis tornaram inviável a realização de eleições em Macapá, já que ainda não foi restabelecido o regular fornecimento de eletricidade no município e o efetivo da Polícia Militar não se mostra suficiente para garantir a segurança dos eleitores. Nesse contexto, não é legítimo exigir que a população de Macapá seja submetida ao sacrifício extremo de ser obrigada a comparecer às urnas em situação de calamidade pública, reconhecida por decreto municipal, e, ainda, de risco à segurança”, afirmou Barroso na decisão.
Fonte: Poder 360