A arquidiocese de Goiânia, por meio do arcebispo Dom Washington Cruz e do chanceler Dom Levi Bonatto, revogou temporariamente o uso de ordens do padre Robson de Oliveira no território da arquidiocese, em nota assinada, neste domingo (23/08).
Na prática, ele fica impedido de realizar qualque evento religioso ou em nome da Arquediocese.
Na sexta (21/08), o padre já havia pedido afastamento de suas funções no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno e na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
O religioso e a Afipe são investigados pela Operação Vendilhões, deflagrada no mesmo dia, por suposta apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal.
Padre Robson era o presidente da associação.
O documento considera “a necessidade de prevenir escândalos, garantir o curso da justiça e tutelar a fé, bem como investigar as acusações realizadas contra o padre Robson”.
Pedro Paulo de Medeiros, advogado de Padre Robson, diz que ainda não teve acesso ao documento.
A defesa do Padre Robson enviou, às 20h15, a seguinte nota, ao Mais Goiás:
“O padre Robson recebe com humildade a revogação temporária do uso de ordens. Trata-se de um procedimento previsto no direito canônico. O ato reforça o pedido de afastamento da presidência da Associação Filhos do Pai Eterno e das suas funções no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, que partiu do religioso, comunicado à Arquidiocese de Goiânia ainda na sexta-feira, 21. O maior interessado no esclarecimento de todas as questões e na total transparência de todas as suas ações é o próprio padre Robson.”
Fonte: Mais Goias (com adaptações)