O júri dos cinco acusados de envolvimento na morte do radialista Valério Luiz, filho do ícone Mané de Oliveira, foi adiado devido à pandemia da Covid-19.
Ainda não há uma nova data para que ele seja realizado.
O crime aconteceu há oito anos na porta da rádio onde ele trabalhava, a Rádio Jornal 820.
Segundo o Tribunal de Justiça o adiamento dos júris é uma determinação do Conselho Nacional de Justiça em rezão da pandemia do coronavirus.
Em Goiás, a previsão é que os julgamentos sejam retomados a partir de agosto.
Cinco pessoas são acusadas do crime, entre elas o empresário e dirigente esportivo Maurício Sampaio, apontado como o mandante do crime.
Segundo a denúncia, o crime foi motivado pelas críticas constantes de Valério Luiz à diretoria do Atlético, da qual Sampaio era vice-diretor na época.
O filho do radialista, Valério Luiz Filho, disse que esse adiamento já era esperado. “A nossa expectativa é que nesse segundo ele se realize. É inclusive o que vamos pedir ao juiz do caso”.
O G1 não conseguiu contato por telefone com as defesas de Maurício Sampaio e Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria participado do planejamento do crime.
Também seriam julgados Urbano de Carvalho, acusado de contratar o réu e cabo da Polícia Militar, Ademá Figueiredo para matar o Jornalísta, e o PM Djalma da Silva, denunciado por atrapalhar as investigações.
O advogado dos três acusados, Ricardo Naves, disse que os clientes alegam inocência e que estão dispostos a ir a julgamento para esclarecer a situação.
Ainda segundo defensor, foram feitos pedidos para corrigir “defeitos processuais gravíssimos”, como provas que não foram anexadas ao processo e também problemas no interrogatório de um dos réus, mas as ações ainda não foram analisadas. “Se isso não for analisado, pode trazer nulidade para o júri no futuro”.
O G1 entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça, que informou que, devido ao horário, não seria possível enviar uma nota sobre as declarações do advogado.
Fonte: G1 (com adaptações)