Em meio a rumores de demissão, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta segunda-feira (06/04) que permanece na pasta para enfrentar o coronavírus, que ele classificou como “o pior inimigo”.
"Médico não abandona paciente. Eu não vou abandonar”, reafirmou ele ao mencionar o compromisso na luta contra o vírus.
“A movimentação social é tudo o que esse vírus que é o nosso inimigo quer”, destacou Mandetta ao defender mais uma vez a manutenção do isolamento social.
“O momento é de cautela, de proteção e distanciamento social. Isso que vocês passaram não é quarentena, nem lockdown. Quarentena e lockdown é muito pior que isso”, observou o ministro.
Ao comentar sobre as 553 mortes e os 12.056 casos confirmados de coronavírus no Brasil até o momento, Mandetta afirmou que os números estão "dentro do que se imaginou".
O motivo que levou o presidente Jair Bolsonaro a cogitar a demissão de Mandetta foram as divergências públicas de ambos a respeito das estratégias para conter a velocidade do contágio pelo novo coronavírus.
O presidente defende o que chama de "isolamento vertical", ou seja, isolar somente idosos e pessoas com doenças graves, que estão no grupo de risco, a fim de não paralisar a economia.
O ministro é a favor do isolamento amplo, adotado por governadores, pelo qual a recomendação é que as pessoas se mantenham em casa.
Segundo Mandetta, a reunião no Planalto serviu para demonstrar que agora o governo 'se reposiciona' em relação ao enfrentamento a novo coronavírus.
"A reunião foi muito produtiva.
Foi uma reunião muito boa, acho que o governo se reposiciona de ter mais união, foco. Todos unidos em direção ao problema", declarou.
O ministro chegou a afirmar que ele e auxiliares já estavam "limpando as gavetas".
"Tinha gente aqui dentro limpando gaveta, pegando as coisas. Minhas gavetas, vocês ajudaram a fazer a limpeza das minhas gavetas. Nós vamos continuar porque, continuando, a gente vai enfrentar o nosso inimigo.
O nosso inimigo tem nome e sobrenome: é o covid-19", afirmou.
E voltou a repetir: "Médico não abandona paciente. Eu não vou abandonar", declarou o ministro.
Fonte: R7 (com adaptações)