O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve o recolhimento domiciliar do bispo Dom José Ronaldo, acusado de desviar R$ 2 milhões de paróquias administradas pela Diocese de Formosa (GO), no Entorno do Distrito Federal.

O religioso responde pelo desvio de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa com mais cinco padres.

Eles foram denunciados pela Operação Caifás, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

A defesa do bispo havia pedido ao STF que as medidas cautelares impostas ao cliente fossem revogadas.

Entre elas estavam a proibição de sair da comarca e do país sem autorização da Justiça, recolhimento domiciliar no período noturno, entre outras.

A reportagem entrou em contato com o advogado que representa o Dom José nesta ação, Lucas de Castro Rivas, para pedir novo posicionamento às 15h20, por telefone e mensagem e aguarda retorno.

A decisão do ministro foi dada no último dia 11 de dezembro.

No documento, ele argumenta que as medidas cautelares impostas pela Justiça de Goiás “não foram impostas de forma abstrata”.

Além disso, Fachin afirma que essas imposições correspondem ao entendimento da “Corte que reconhece o suposto risco de comprometimento à instrução criminal, pelo constrangimento de testemunhas, e a gravidade concreta da conduta como justificativa razoável à imposição de medida cautelar”.

Dom José Ronaldo renunciou à direção da Diocese de Formosa.

O Vaticano nomeou como responsável pela unidade o arcebispo Metropolitano de Uberaba, que já havia sido nomeado interventor, depois que o bispo foi preso no último dia 19 de março, durante a Operação Caifás, deflagrada pelo Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO).

Fonte: G1 Goiás (com adaptações)