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Dentista monta consultório dentro de ônibus e faz quase 50 mil atendimentos gratuitos em Goiás

Por Marcelo Justo 14 Dezembro 2017 Publicado em Região
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Ônibus Ônibus Reprodução/TV Anhanguera

O dentista Ademar de Paula (69), desenvolve um trabalho voluntário para atendimentos odontológicos gratuitos, em Goiânia.


Apaixonado pela profissão, ele montou um consultório dentro de um ônibus e, ao longo de 36 anos, já tratou de quase 50 mil pessoas sem cobrar nada.


“Eu trabalho com a dor e ela não espera. Então, ao invés de ficar em casa descansando, vendo futebol, decidi ajudar os outros, fazendo atendimentos odontológicos de graça ao final de semana em lugares carentes”, revelou.


Ademar começou o projeto em 23 agosto de 1981, quando tinha 32 anos. Formado em odontologia e ainda solteiro, não conseguia se conformar em ver tantas pessoas que não têm condições de pagar por um tratamento sentindo dor de dente. Foi então que decidiu comprar um ônibus para, de maneira itinerante, fazer limpezas, obturações e até extrações dentárias quando necessário, para a população de baixa renda.


“Eu vi uma Kombi do Serviço Social da Indústria [Sesi] uma vez na rua e pensei em montar algo parecido para atender as pessoas. Eu trabalhava segunda, quarta e sexta na clínica para ganhar o pão, e terça, quinta, sábado e domingo instalando as coisas no ônibus”, lembra.


Atualmente, o dentista mora em Aparecida de Goiânia. O ônibus fica estacionado em frente à sua casa e chama a atenção de quem passa pelo local. Na região, não há quem não o conheça.


Atendimentos
O dentista conta que anota cuidadosamente o nome de cada pessoa que ele atendeu ao longo desses anos, além do local e o que foi feito no paciente.


Ao todo, são dez cadernos com todas essas informações. Ao final de cada dia, ele faz a contabilidade de quantos atendimentos e alguns números impressionam.


“O dia que já comecei mais cedo foi às 4h30. Já parei 23h. Quando faço atendimento final de semana, eu durmo dentro do ônibus, tem banheiro, cama, tudo aqui. Em um dia, já cheguei a atender, sozinho, 140 pessoas. Sou ambidestro e trabalho extremamente rápido. Deus me deu uma habilidade grande e fui desenvolvendo isso. Ao todo, já fiz quase 46 mil obturações”, contou.


Já o dinheiro gasto na compra do ônibus, instalação de equipamentos, decoração e aquisição dos materiais necessários para os atendimentos nunca foi contabilizado.


“Quando a gente morrer, não vai levar dinheiro nenhum dessa vida. Então, para que eu vou ficar acumulando ou fazendo conta de quanto investi nesse ônibus?”, pergunta Ademar.


Patrocínio
Atualmente, sua renda vem apenas de sua aposentadoria e alguns poucos atendimentos odontológicos que faz em sua casa, com preços mais baixos que os cobrados em outros consultórios particulares.


Para ele, o dinheiro é importante apenas para uma situação: conseguir atender mais pessoas.


Atualmente, faltando pouco mais de 400 pessoas para ele completar os 50 mil atendimentos, o que mais deseja para continuar o trabalho é um patrocínio, para que possa aumentar a quantidade de pacientes beneficiados.


“Eu trabalho sozinho. Se eu tivesse como pagar, contrataria secretária e mais dois dentistas, porque aqui tem espaço, e viveria só disso todo dia. Se tivesse alguém para ajudar a comprar os materiais necessários, daria para atender todo dia, não só aos finais de semana. Daria para atender umas 1.200 pessoas por mês”, estima.


Fonte: G1 Goiás (com adaptações)

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