Na manhã desta segunda-feira (06/11), por volta das 8h15, a estudante Raphaella Noviski Romano (16), foi morta a tiros dentro de uma escola estadual em Alexânia (GO).
De acordo com a delegada Rafaela Azzi, Misael Pereira Olair (19), foi preso em flagrante logo após cometer o crime.
Ainda segundo a delegada, o suspeito afirmou ter disparado 11 vezes contra a vítima, por "sentir ódio" dela.
Conforme a delegada, Misael Pereira é um ex-aluno do Colégio Estadual 13 de Maio, local onde o fato ocorreu. Já a estudante cursava o 9º ano do ensino fundamental.
"Ele alega que é conhecido 'de longa data' da vítima, e que sentia muito ódio da menina. A partir do depoimento dele entendemos que ele tentou namorar com ela, mas foi rejeitado.
Por conta disto resolveu comprar uma arma, adentrar na escola onde ela estava e ceifar a vida dela", disse.
Segundo a Polícia Civil (PC), o suspeito usou uma máscara para invadir o colégio. A corporação diz que ele teve ajuda do comerciante Davi José de Souza (49), que deu carona ao rapaz até a porta do colégio, ficou do lado de fora esperando e depois o ajudou na tentativa de fuga. O homem também foi detido.
O advogado de Davi José, Joel Pires de Lima explica que o cliente é amigo da família de Misael e não imaginava que estava levando o jovem para cometer o crime.
"Ele disse que o Misael pediu para Davi o levar até lá e pediu para esperar. Quando viu um rapaz mascarado e armado correndo, achou que era um assalto, nem pensou que era o Misael. O mascarado entrou no carro e disse: 'sai daqui se não eu atiro, sai da cidade'", relatou o advogado.
Ainda segundo Lima, ele tentou dar voltas e encontrar uma viatura para entregar o passageiro.
"Foi um susto, ele não imaginava, mas está tranquilo que tudo será esclarecido", concluiu o advogado.
O advogado de Misael já se apresentou na delegacia para acompanhar a oitiva dele. A reportagem ainda não conseguiu contato com ele para que comente o caso.
Em nota enviada a imprensa, a Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) informou que a estudante foi morta “logo depois do início das aulas” e que “foi a única alvejada”.
Segundo o texto, logo após o crime a direção tomou todas as providências chamando a Polícia Militar e comunicando o fato à família da vítima.
Ainda segundo a nota, “três psicólogas e uma assistente social da Coordenação Regional de Educação, Cultura e Esporte [Crece], de Anápolis, já foram deslocados para Alexânia para apoiar a equipe da escola, alunos e familiares. Uma equipe da Seduce também se deslocou para o colégio”.
A Seduce ressaltou, ainda, que “a escola dispõe de câmeras no pátio e dois vigias noturnos para promover a segurança”.
Por fim, a secretaria lamentou o crime “e informa que trabalha em um esforço contínuo para manter a paz e a fraternidade no ambiente escolar”.
Fonte: G1 Goiás (com adaptações)