Dez suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em falsificação de documentos foram presos durante uma operação desencadeada pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (GREF), da Deic.
Um dos agenciadores do esquema, segundo a polícia, era o traficante Thiago Topete, que foi morto durante um motim na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), no último dia 23 de fevereiro.
De acordo com a delegada Mayana Rezende, chefe do GREF, Romero Barreto de Freitas era quem falsificava e vendia, por valores que variavam de R$ 400, a até R$ 2 mil, Carteiras de Habilitação, Identidades, certificados de veículos, de imóveis e até certidões que dão acesso a presídios.
No escritório dele, a polícia apreendeu mais de 200 cédulas de documentos e de veículos (CRLV) em branco.
Romero Barreto, ainda segundo a polícia, vendia os documentos para conhecidos, mas tinha ainda como agenciadores, além de Thiago Topete, Guilherme Cândido da Silva Barbosa, que também foi preso durante a operação.
“Além de conseguir documentos falsos de imóveis e até para a retirada de carros apreendidos no Detran, o Romero também confeccionava novas identidades para presos que saíam da cadeia e não queriam ter o nome atrelado a crimes. Um ex detento, inclusive, Dênis Willian Dias Rosa, foi preso durante a operação, em posse de dois documentos falsos, que estavam com a foto dele”, relatou a delegada.
Segundo Mayana Rezende, é impossível mensurar o prejuízo causado com as falsificações e muitas pessoas ainda podem nem saber que tiveram os nomes usados para a aquisição de bens ou empréstimos.
Os dez presos responderão por falsificação de documentos, associação criminosa e uso de documentos falsos. Apesar da investigação ter durado quatro meses, a delegada disse que o trabalho continua no sentido de descobrir se há algum agente público, que estaria repassando dados de pessoas idôneas aos criminosos, envolvido com a quadrilha.
Fonte: Mais Goiás (com adaptações)